Após prisões e autoexílio, Beto Richa volta a pedir votos no interior

O ex-governador Beto Richa (PSDB) está novamente em campanha. Depois de ter sido preso três vezes no final de 2018 e começo de 2019, em função de investigações de corrupção, Beto passou dois anos sem dar entrevistas e dificilmente era visto em público. Até suas redes sociais ficaram às moscas.

Recentemente, Richa começou a ser visto de novo por aí. Circulavam boatos de que ele poderia ser candidato a deputado federal pelo PSDB, que jamais o expulsou. Agora a história se confirma, e já há vídeos do ex-governador pedindo votos para 2022.

No vídeo acima, o prefeito de Arapongas, Sérgio Onofre (PSC), e o deputado estadual Thiago Amaral (PSB), fazem uma espécie de comício fora de época com Beto em Arapongas. A conversa era com prefeitos e ex-prefeitos da região. O prefeito diz que quer votos em Richa para 2022 e diz que se tudo der certo ele volta a ser governador quatro anos depois.

Aos jornais locais, Beto diz que há muita gente pedindo que ele volte, mas não tem nada decidido. O que evidentemente é só um jeito de dizer que ele está medindo a temperatura, pois se não fosse candidato não estaria rodando o interior como está.

Beto tem usado como argumento que “nada ficou provado” contra ele nas investigações que o levaram à cadeia. De fato, não há condenações contra o tucano até o momento e ele conseguiu algumas vitórias judiciais. O que não quer dizer que tudo esteja trancado ou anulado.

Richa foi investigado pela Lava Jato, por suposta fraude na licitação da rodovia 323, por denúncias de corrupção no uso de maquinários das patrulhas rurais e por suposto desvio de verbas na construção de escolas públicas. Sua primeira prisão aconteceu em 11 de setembro de 2018, poucos dias antes da votação em que ele pretendia obter uma cadeira no Senado. Beto acabou sendo abandonado pelos eleitores e terminou a eleição em sexto lugar.

Agora, o PSDB acha que ele pode fazer entre 100 mil e 150 mil votos, o que lhe garantiria um mandato em Brasília e permitiria o velho discurso de que ele foi “absolvido pelas urnas”.

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