Vou começar escrevendo sobre uma roteirista e atriz (e também produtora, música e cantora) brilhante: Phoebe Waller-Bridge. Se você ainda não conhece essa mulher, está perdendo MUITO.
Fleabag, a série que ela escreveu e atuou, é uma das melhores coisas que já assisti na TV, assim como Killing Eve, que Phoebe produziu e escreveu – e que também é uma das melhores coisas que vi.
A série Crashing, também dela, é igualmente engraçada, dramática e com reviravoltas no roteiro, elementos típicos de Phoebe. Mas é anterior às outras duas; não é tão boa quanto.
E ela tem apenas 35 anos!
Formada pela Royal Academy of Dramatic Art, escreveu peças de teatro – inclusive Fleabag, um monólogo, antes de ir para a TV – e é atéia, informação importante para quem a acompanha na dramaturgia.
(Uma tarde, eu assisti parte de um filme – A Escolha Perfeita 3 – com Rebel Wilson, comediante australiana que você deve conhecer por As Trapaceiras, com Anne Hathaway (é bom para dar umas risadas e esquecer). Aí eu me toquei da diferença de humor americano e humor inglês.
No primeiro, tudo é exagerado, bem explicado e as cenas são longas. No segundo é o oposto. Cenas curtas, resumidas, e sempre com um toque de… bem, humor inglês – pense no Monty Phyton).
Voltamos a Phoebe.
Fleabag teve só duas temporadas, foi super premiada, mas Phoebe jurou que a série tinha acabado. Ela atua falando com a câmera de vez em quando, o que confere um humor, ou drama, esquisito; porém mais intenso.
A personagem é dona de um café quase falido, e está às voltas com namorado, ex, pretendentes. A melhor amiga, e sócia, morreu (sem spoilers). A irmã é casada, bem-sucedida financeiramente e um pouco louca. O pai, viúvo, casou-se com uma artista plástica também doida, vivida por Olivia Colman (do filme A Favorita, pelo qual ela venceu o Oscar).
Na segunda temporada, Fleabag se apaixona por um padre, e ele meio que também… e mais não falo porque, você sabe, tem que assistir.
Já Killing Eve é outra história. Bem diferente. Eu tinha lido um pouco a respeito, e falava que é sobre uma serial killer – vivida por Jodie Comer, uma atriz fantástica. Ela é bonita, mas não é. Ela é comediante, mas é uma p* atriz dramática.
A outra protagonista é Sandra Oh. E a terceira é Fiona Shawn. (Quem não conhece as duas, por favor, vá pesquisar).
É sobre uma serial killer. Psicopata como todos os serial killers. Mas ela também não é psicopata (?). É sobre a caça a ela; uma alusão-brincadeira com os filmes de espionagem, principalmente 007 e Jason Bourne, porque é filmado em países europeus. E tem muitas reviravoltas. É Phoebe.
Mas… é sobre o amor entre mulheres. Que acontece. Mas não acontece. E mais não falo, porque, você sabe…
A terceira temporada já foi filmada. Espero ansiosamente por ela.
Quem quiser conhecer mais sobre a dramaturgia de Phoebe, vai aqui:
(Ah! E tem muitas mulheres na direção, produção, produção executiva, roteiro e direção. Repare que eu só citei as mulheres protagonistas, mas tem também homens talentosos).
Para ir além:
Crashing – Netflix
Fleabag – Amazon Prime Video
Killing Eve – Globoplay
Sobre o/a autor/a
Bia Moraes
Bia Moraes é jornalista desde 1990. Entre redações, assessorias de imprensa e incontáveis frilas, foi redatora, repórter, pauteira, colunista e editora, mas prefere ser conhecida como repórter fuçadora de lugares e pessoas.