Aumento de mortes em março chega a 30 por dia em Curitiba

Em janeiro e fevereiro a cidade registrava cerca de 65 falecimentos por dia. Em março essa média subiu para 95

O número de falecimentos registrados pelo Serviço Funerário da Prefeitura de Curitiba continua a crescer em março. Em 15 de março o Plural noticiou um aumento de 20 mortes por dia. Pois este número subiu mais um pouco. Nos últimos dias do mês a média móvel de falecimentos na cidade chegou a 95. São 30 óbitos a mais que a média móvel em fevereiro, que ficou em 65.

Os total de falecimentos é calculado a partir da divulgação, pela Prefeitura, dos registros do dia e sistematizado pelo perfil @cwb_obitos, no Twitter a pedido do Plural. Segundo o levantamento, em janeiro e fevereiro, o número de mortes registradas no Serviço Funerário ficou em torno de 62 a 65 por dia.

Mas a partir da última semana de fevereiro houve um aumento constante, chegando a um pico em 22 de março, com 132 falecimentos. Na média móvel de 7 dias, o mês chega ao fim com 111 falecimentos por dia.

O aumento no número de falecimentos foi concentrado quase que totalmente nos hospitais e unidades de saúde, ainda segundo os dados do Serviço Funerário. E coincide com o colapso do sistema de saúde da capital, que desde o dia 24 de fevereiro tem mais de 100% dos leitos hospitalares exclusivos para Covid-19 totalmente ocupados.

O mesmo levantamento também aponta que o registro estava mantendo a média de 60 falecimentos por mês com exceção de uma alta para 70 em dezembro, uma redução para menos de 50 em outubro e o atual aumento em março.

Registro Civil

Os números de certidões de óbitos emitidas em Curitiba em março de 2021 também mostram aumento em relação ao mesmo mês de março em 2020 e 2019 de 77%. Em 2019 e 2020, a cidade teve 852 e 887 registros, respectivamente. Mas neste março de 2021 já foram 1567 certidões de óbito emitidas. E como há um prazo para a família solicitar o documento e ele ser emitido, esse número ainda pode aumentar.

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2 comentários em “Aumento de mortes em março chega a 30 por dia em Curitiba”

  1. Lucicléia Honorato dos santos

    E a minhas perguntas são: 1o – adiantou.o Lockdown? 2o pque não vacinaram primeiro os jovens de 16 a 30, de 30 a 40 e 40 a 50 anos? É a galera q trabalha, vai na balada, estuda, faz exercícios, anda na rua, nos parques e q leva o virus p casa? Os mais velhos.podem aguardar em casa. 4o pque, apps a vacina, ainda temos.q continuar usando máscaras, manter distanciamento social e tudo.mais? Não sabemos se a vacina fundo o a ainda??? Obrigada.

    1. Rosiane Correia de Freitas

      Oi Luciléia, vou tentar responder as suas perguntas:
      1. Sim, o lockdown funciona. No entanto, não tivemos lockdown em Curitiba e sim só uma restrição a atividades. Lockdown é fechar tudo, inclusive o transporte coletivo. Só quem é de áreas essenciais circula. Na versão “leve” do lockdown em Curitiba houve uma redução de casos, sim. Mas com lockdown real essa redução seria mais acentuada, desafogando de fato o sistema de saúde.
      2. Os grupos prioritários são escolhidos de acordo com análise de risco. Profissionais de saúde, por exemplo, têm maior risco de exposição à doença. Idosos têm maior risco de agravamento e óbito em caso de se contaminar. Hoje, com as novas variantes há mais casos de adultos jovens com agravamento de sintomas, mas mesmo assim o risco maior ainda é dos idosos e pessoas com comorbidades.
      3. Sim, pós a vacina temos que fazer distanciamento e usar máscara. E isso não quer dizer que a vacina não funciona. Explico: a vacina prepara nosso organismo para se defender do vírus. Quando vacinados, temos menor chance de contrair a doença e, se contaminados, menor risco de ter sintomas graves. A gente vai continuar a usar a máscara para continuar a nos proteger do vírus e para, no caso de contaminação, não passar o vírus para frente. O objetivo tanto da vacina quanto das medidas de prevenção é reduzir a circulação do vírus e os casos graves da doença.
      Aqui vale uma explicação extra: há vários estudos ligando a concentração maior de vírus a casos mais graves da doença. Ou seja, digamos que vc está saudável e entra numa sala com alguém contaminado. Quanto mais tempo você ficar dentro dessa sala com essa pessoa, maior a chance de se contaminar e maior a chance de ter sintomas graves, porque você estará mais tempo exposto a uma quantidade grande de vírus expelido pela pessoa doente.
      Agora, se vc estiver de máscara, parte desses vírus será contida. Se a pessoa doente também estiver de máscara, a quantidade de vírus no ambiente diminui mais ainda. Circulação de ar? Menos vírus. Se você ficar menos tempo ali, menos chances de contato com vírus você terá. Tudo isso te ajuda a diminuir o risco de se contaminar ou, se for contaminado, ter um caso grave da doença.
      Espero ter conseguido esclarecer suas dúvidas.

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