Em 2020, a cada dez pessoas internadas com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em Curitiba, cinco tiveram infecção confirmada por coronavírus e duas foram a óbito. De cada quatro pessoas com Covid-19 internadas, uma faleceu no hospital. Os dados são do Banco de Dados de Síndrome Respiratória Aguda Grave do Sistema Único de Saúde (SUS).
Uma a cada cinco pacientes com SRAG foi atendido no Hospital do Idoso Zilda Arns (HIZA), um hospital público gerenciado pela Fundação de Atenção a Saúde (FAES). A concentração de pacientes lá se dá porque todos os leitos criados para Covid-19 no Hospital Vitória, nas UPAs e no Bairro Novo estam sob responsabilidade do HIZA.
Os dados mostram que o SUS suportou a maior parte da demanda causada pela pandemia no sistema de saúde da cidade: 11.701 dos 16.808 pacientes de SRAG passaram por hospitais SUS, o que representa 70% do total.
Resultados por hospital
Com base no banco de dados do SUS, o Plural copilou os dados por hospital e por desfecho de pacientes SRAG e pacientes com exame positivo para Covid-19. O resultado está abaixo.
Sobre os dados
O Banco de Dados de Síndrome Respiratória Aguda Grave do Sistema Único de Saúde (SUS) contém todos os registros de casos notificados de síndrome respiratória. Desde o início da pandemia, a notificação desses casos se tornou obrigatória. A unidade de saúde que atende o paciente também precisa atualizar as informações até o encerramento do caso, seja por alta, seja por óbito.
O banco contém dados de pacientes atendidos pela rede de saúde pública e privada. Casos de pacientes que faleceram em casa ou ainda pessoas assintomáticas ou com sintomas leves que foram atendidas, mas não foram internadas não estão entre os registros.
Meu tio esteve internado no Sugisawa, com covid. Assim que saiu do hospital, faleceu em casa, de diabetes. Esses casos não aparecem e os números devem ser maiores. Será que no futuro, terá como computar mortes fora e dentro do hospital por covid ou complicacoes catalisadas pela covid?