Experimente dar uma olhada na sua estante. Quantos livros escritos por mulheres você tem? Essa pergunta desencadeou o surgimento do clube de assinaturas Amora, lançado nesta terça-feira (1º). A iniciativa pretende “mudar a estante” das pessoas que participarem do clube.
“Essa é uma coisa que a gente sempre fala”, diz uma das criadoras do clube, Fernanda Avila. “Se você separar apenas os livros escritos por mulheres, vai ver a diferença [de quantidade] na estante.”
O clube é um projeto da Pulp Edições e tem o objetivo de disseminar literatura escrita por mulheres. “Esse não é um movimento só da literatura. Isso acontece também no cinema e em outras áreas da cultura. Tem muita coisa produzida por mulheres”, diz Avila.
A iniciativa, embora não seja inédita, segue uma linha mais ligada à ficção, diferente de grande parte dos clubes de assinatura de livros escritos por mulheres, que têm um viés teórico. Quem assinar o clube, vai receber livros já publicados de autoras contemporâneas e também contos inéditos, produzidos com exclusividade para o projeto.
A curadoria dos livros foi feita com ajuda de professoras de literatura e editoras, além do know-how dos sócios que há 15 anos estão no ramo editorial: Fernanda Avila, Patricia Papp, Vicente Frare e Mai Sturam.
O panorama é positivo para os clubes de assinatura de livros, que cresceram durante a pandemia. De acordo com a consultoria especializada em e-commerce BetaLabs, surgiram 800 sites de assinaturas somente em 2020, muito em virtude da pandemia.
O cenário continua próspero para os clubes e a meta da Amora é que até o fim do ano haja ao menos 3 mil assinantes. “As mulheres já leem mais mulheres. Os homens leem menos mulheres. Então o clube não é feito apenas para mulheres e a ideia é fazer com que eles também leiam autoras”, diz Avila.
Livros
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