Cada maluco, no bom sentido, com sua mania. Tanto que um amigo reencontrou um velho conhecido que se declara caçador de gentílicos, ou seja, o nome que designa a ligação de alguém ao lugar onde nasceu, reside ou ao qual pertence. E assim, é claro, vive de olho nas abundantes placas de automóveis e de outros veículos. Mas a figura confessa andar meio nocauteada – e não é para menos. Afinal, Curitiba, no ano passado, já tinha a quarta maior proporção entre pessoas e automotores do país – um veículo para cada 1,3 habitante, o que significaria, na capital, 1.746.896 moradores para 1.315.305 veículos, segundo o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Vai daí que o caçador de gentílicos topou com um carro com placa de Tibagi – PR; Ah, essa é fácil. E, recorrendo a conversas com o amigo Paulo Mercer, a quem enviou (mentalmente) um grande abraço, completou: tibagiense.
Prosseguindo na caminhada, uma surpresa: encontrou um veículo com placa de Jaru – Rondônia. Isso mesmo. O jeito foi anotar o nome para uma pesquisa mais tarde, quando constataria que os lá nascidos são jaruenses. O que estaria fazendo em Curitiba? Nada contra, afinal o Paraná já foi decantado como terra de todas as gentes.
De Itaipulândia a Perobal
Já em casa, e livre da máscara contra a Covid-19, o tal caçador de gentílicos ampliou suas anotações, onde já constavam esses registros:
– Itaipulândia – PR: itaipulandiense; Janiópolis – PR: janiopolense; Marechal Cândido Rondon – PR: rondonense; Dois Vizinhos – PR: duovizinhense; Fazenda Rio Grande – PR: fazendense; Uraí-PR: uraiense; Assis Chateaubriand – PR: chateaubriandense; Campina Grande do Sul –PR: sul-campino-grandense; Pontal do Sul – PR: pontalense; Paraíso do Norte – PR: paraisense-do-norte; Santa Terezinha de Itaipu – PR: itaipuense; Iraí – MG: iraiense; Salto do Lontra – PR: lontrense; Pérola – PR: perolense; Reserva – PR: reservense; Perobal – PR: perobalense; Ji-Paraná – PR: ji-paranaense.