Leonardo Garzaro faz realismo mágico com “O guardião de nomes”

Romance imagina a figura de um homem com o dom profético de escolher nomes que determinam a vida que as pessoas vão levar

No episódio desta semana, o podcast “O que ler agora?” fala do livro “O guardião de nomes”, de Leonardo Garzaro, publicado pela Rua do Sabão.

Para produzir o romance, o escritor, que é também colunista do Plural e editor da Rua do Sabão, seguiu uma dica clássica do meio literário: escrever sobre suas obsessões. E uma das obsessões Garzaro tem a ver com nomes, ou melhor, com o ato de nomear coisas, pessoas… tudo. Dar nome é talvez um dos atos mais humanos que existem.

Ouça “Episódio 52: “O guardião de nomes”, de Leonardo Garzaro” no Spreaker.

Garzaro teve a ideia para o livro dez anos atrás. De lá para cá, pesquisou o tema muito e chegou a estudar Onomástica – o estudo linguístico dos nomes próprios – com a professora Patricia Carvalhinhos, na Universidade de São Paulo.

Leonardo Garzaro

O livro fala, sobretudo, de três gerações de uma mesma família, a começar pelo barão Álvares Corrêa, seguindo com seu filho (que fica sem nome e vai se tornar o personagem-título) e com seu neto (que não se dá com o pai nem com o avô).

Essa trama familiar, escrita com um estilo que acena para o realismo mágico de Gabriel García Márquez, mais especificamente do romance “Cem anos de solidão”, consegue discutir relações familiares, patriarcado e o poder que contém um nome com um estilo envolvente de escrita e um senso de humor luminoso.

Em paralelo à história da família Álvares Corrêa, “O guardião de nomes” reúne várias histórias, como se fossem pequenos contos que intercalam os capítulos, sobre pessoas e seus nomes, sobre pessoas que buscam a ajuda do guardião de nomes para conseguir um nome melhor, ou um nome que faça mais sentido com a vida que levam.

Livro indicado

“O guardião de nomes”, de Leonardo Garzaro. Rua do Sabão, 432 páginas, R$ 60. Romance.

“O que ler agora?”

O podcast de livros do Plural está disponível em tocadores de podcast como Spotify, Deezer e Apple Podcast (e também embutido nos posts do site do Pluralaqui). Novos episódios chegam às plataformas todas as semanas. Ele é produzido com o apoio de sete editoras independentes: AlephAntofágicaFósforoRua do Sabão e Tabla.

Sobre o/a autor/a

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

O Plural se reserva o direito de não publicar comentários de baixo calão, que agridam a honra das pessoas ou que não respeitem níveis mínimos de civilidade. Os comentários são moderados por pessoas e não são publicados imediatamente.

Rolar para cima