Outono e gripe são quase sinônimos. Com o início da estação e as inúmeras variações de temperatura ao longo do dia começam também as chamadas “doenças de outono” como gripe (influenza), resfriado, otite, sinusite e pneumonia. Com o intuito de minimizar as taxas de gripe em Curitiba, a prefeitura começa na próxima segunda-feira (01) a imunização da população prioritária.
De acordo com o ministério da saúde foram definidos como público-alvo crianças de 6 meses a menores de 6 anos, pessoas com 60 anos ou mais, gestantes, puérperas (mulheres que tiveram filho até 45 dias), trabalhadores de saúde, professores do ensino básico e superior, indígenas, pessoas em situação de rua, profissionais da força de segurança e salvamento, profissionais das forças armadas, pessoas com doenças crônicas, pessoas com deficiência permanente, caminhoneiros, trabalhadores do transporte coletivo e trabalhadores portuários.
Segundo o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) os meses de abril, maio e junho, que fazem parte do outono, serão marcados pela diminuição no volume de chuva, ar seco e dias com manhãs e noites frias.
Para o geógrafo, estudioso das mudanças climáticas, Francisco de Assis Mendonça, a relação do outono com as gripes e alergias está justamente nas mudanças de temperatura típicas da estação. “A passagem de momentos quentes para massas frias ao longo do dia produzem um choque térmico. O corpo humano reage a essas mudanças atmosféricas ficando mais sensível e propício a contrair essas essas doenças”, diz.
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Ainda segundo o geógrafo, com as mudanças climáticas previstas para os próximos anos é possível que o comportamento dessas doenças e suas épocas de incidência comecem a variar. “Desde 2015 por exemplo temos observado que as mudanças climáticas têm afetado o ciclo da dengue, que têm mais incidência no verão mas que já começou a apresentar um ciclo maior. Isso é claro também pode acontecer com as doenças de outono e inverno, se essas estações continuarem a ficar cada vez mais quentes”,diz.
Em 2023, com as campanhas de vacinação, a prefeitura de Curitiba imunizou 318 mil pessoas do grupo prioritário, 45% da meta estabelecida naquele ano. Segundo o Ministério de saúde, a cobertura vacinal ideal é de 95% da população imunizada.
Este ano o objetivo da prefeitura é imunizar 665 mil curitibanos que pertencem ao grupo prioritário. A vacina contra a gripe oferecida pelo SUS é trivalente e protege contra a cepa da influenza B, influenza A H1N1 e influenza A H3N2. Para se vacinar, é preciso apresentar documento de identificação e documentação que comprove a sua situação de inclusão em um dos grupos prioritários.
A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) orienta, ainda, que demais vacinas em atraso também podem ser colocadas em dia junto com a vacinação contra a gripe. A partir de 1º de abril qualquer cidadão que pertença aos grupos prioritários pode ir até uma das unidades de saúde para tomar a dose do imunizante. Confira a lista das unidades (aqui).
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