Segurança vítima de racismo é homenageado por colegas na Câmara

Marcelo Melo foi recebido por uma salva de palmas pelos colegas de trabalho

Nesta segunda-feira (12) o segurança Marcelo Melo, que trabalha na Câmara Municipal de Curitiba e foi vítima de racismo na última semana, recebeu uma homenagem dos colegas. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil (PC).

Os servidores fizeram um corredor e com uma salva de palmas acolheram Melo, que reforçou o discurso de empatia. “O recado que eu quero deixar é que as pessoas tenham mais amor um pelo outro, mais empatia. A gente já teve aquela pandemia, muitas pessoas perderam muita gente, depois tivemos a guerra. […] Independentemente de raça, de cor, de religião, de igualdade social, o mundo está precisando de paz, de amor”, pediu.

Por meio das redes sociais vereadores compartilharam o momento, entre eles Herivelto Oliveira (Cidadania), que também é negro. “Racismo é simplesmente abominável […] cada um de nós tem a missão de lutar contra isso”, publicou.

Veja o vídeo gravado pela equipe do vereador:

Reprodução/Instagram vereador Herivelto Oliveira

Investigação

A autora das ofensas racistas contra Melo é Anoema Lopes Santana, de 69 anos. Ela é membro do Conselho Municipal de Saúde e disse que negros têm de ser serviçais de pessoas brancas, entre outras ofensas.

melo é recebido pelos colegas
Melo é recebido pelos colegas | Foto: Rodrigo Fonseca/CMC

Servidores que presenciaram as ofensas prestaram depoimento na delegacia de Polícia Civil, e embora a criminosa tenha se referido a todas as pessoas negras, o caso está sendo tratado como injúria racial e não como racismo, o que, na prática torna a punição mais branda.

Repercussão

No dia do crime, 8 de dezembro, a Câmara Municipal de Curitiba publicou uma nota repudiando os ataques.

“A CMC reafirma que repudia o racismo ou qualquer outro tipo de discriminação em todas as suas formas. Esperamos que este caso tenha um encaminhamento exemplar, para que situações deste tipo cessem de acontecer. A CMC também reafirma o apoio da instituição aos seus funcionários terceirizados, em especial à equipe de vigilância patrimonial, para que se sintam amparados para denunciar casos de racismo e quaisquer tipos de discriminação”.

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