Um grupo de residentes da Vila Torres, em Curitiba, ateou fogo a um ônibus do transporte coletivo no início da tarde desta segunda-feira (21) como resposta à morte de um morador da comunidade pela Polícia Militar (PM). O ônibus incendiado atendia à linha Cabral-Portão e, segundo o sindicato das empresas de ônibus (Setransp), ninguém ficou ferido.
Segundo líderes locais, o incêndio do ônibus na Vila Torres foi um ato de manifestação contra o assassinato de um jovem local pela PM, no início da manhã desta segunda. Os moradores falam em execução, e a Polícia diz que só disparou porque houve reação armada à tentativa de abordagem.
Conforme a PM, os tiros foram trocados durante operação organizada em conjunto com a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil, para tentar localizar lideranças de uma disputa interna que teria elevado o índice de homicídios na comunidade.
Apesar de confirmar a troca de tiros, a corporação disse, por volta das 15h, que o suspeito ainda não havia sido identificado. “Todos os procedimentos periciais foram tomados, e será instaurado Inquérito Policial Militar para apurar o ocorrido, que após finalizado será remetido ao Ministério Público”, diz nota da PM.
O Setransp repudiou o ato, que classificou de “incêndio criminoso”, e disse que uma das consequências imediatas é que haverá menos ônibus para atender a população. “O Setransp acompanha o caso de perto e já entrou em contato com a Urbs e os órgãos de segurança para que esse tipo de ato seja coibido rapidamente e os culpados, punidos, a fim de que essa prática não se torne corriqueira e, potencialmente, trágica”, afirmou a entidade em manifestação à ocorrência.
Bem que fizeram 😊