Um professor de Campo Largo foi denunciado por estupro de vulnerável contra alunas de uma escola municipal. Ele teve a prisão preventiva deferida pelo Poder Judiciário e está afastado desde agosto. O Ministério Público do Paraná (MPPR) denunciou o acusado.
As vítimas, de acordo com o Ministério Público, têm entre 9 e 11 anos de idade. Segundo a Secretaria Municipal de Educação de Campo Largo, a direção da escola avisou do caso no dia 14 de agosto. “Imediatamente, [a Secretaria] procedeu a abertura de processo administrativo para apuração dos fatos e no mesmo dia o profissional foi afastado de sala de aula. Além disso, a Secretaria Municipal de Educação subsidiou com informações o Conselho Tutelar e o Ministério Público do Paraná para investigação”, explicou em nota a prefeitura.
A denúncia do MP foi feita por meio da 2ª Promotoria de Justiça da comarca. O professor teria praticado toques indevidos e beijado as crianças. Conforme o promotor Eduardo Labruna Daiha, embora não tenha havido conjunção carnal, o crime se enquadra como estupro de vulnerável.
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“O recente caso visa apurar crime de estupro de vulnerável. O acusado se aproveitava da tenra idade das vítimas para com elas praticar atos diversos da conjunção carnal, mas todos com intuitos libidinosos. Esse tipo de conduta não pode acontecer de maneira alguma, na medida em que a criança vai para escola para estudar, para aprender. A escola tem que ser um local seguro para ela. E a partir do momento em que um funcionário da escola se vale da sua condição para efetuar esse tipo de crime você praticamente acaba com a vida da vítima, a qual se sente insegura de frequentar a escola”, explicou.
Marcas
“Esse tipo de crime deixa marcas, sequelas dentro da vítima por anos. Esse tipo de conduta não é tolerado pelo Ministério Público. Tão logo tomei conhecimento, analisei o inquérito policial, efetuei a denúncia e postulei a prisão preventiva do acusado, a qual foi deferida pelo Poder Judiciário”, disse o promotor.
Após os crimes, as alunas receberam atendimento por meio de profissionais da Prefeitura de Campo Largo. “As crianças foram acompanhadas pela rede de proteção do município, composta por psicólogos, pedagogos e assistentes sociais capacitados no procedimento de Escuta Especializada de crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violência”, informou a Prefeitura.
O processo criminal está em segredo de Justiça por envolver crianças.