Professor agredido no Largo da Ordem corre o risco de ficar em estado vegetativo

Crime aconteceu há mais de um mês e Polícia Civil ainda não prendeu os agressores

O professor de filosofia Aguinaldo Cavalheiro de Almeida, o Guiga, segue internado no hospital Cajuru, em Curitiba, após ser agredido no Largo da Ordem, no dia 12 de março. Guiga está inconsciente e é cuidado pela mãe, a professora aposentada Maria Luiza Cavalheiro de Almeida, moradora de Dourados, no Mato Grosso do Sul. “Os médicos dizem que ele pode acordar a qualquer momento ou nunca mais acordar. Mas eu acredito em Deus, que é o maior médico. Ele vai ficar bem e acordar”, disse ao Plural.

O professor foi socorrido pelo Siate após o espancamento. Ele mesmo relatou a uma testemunha que três homens o haviam agredido antes de levarem a bicicleta e o celular. No dia do crime, segundo dona Maria, um amigo ligou para o número de Guiga, e quem atendeu foi uma outra pessoa. “Ele disse que tinha comprado o celular do meu filho, mas isso foi logo após o roubo. O problema é que o amigo dele não sabia da situação. Só ficou sabendo do internamento cinco dias depois.”

A Polícia Civil (PC) instaurou inquérito para apurar o que aconteceu somente depois do fato, quando a mãe da vítima registrou um boletim de ocorrência. De acordo com a advogada que orienta dona Maria, Juliana Bertholdi, a investigação revelou que a agressão ocorreu em um local diferente do que havia sido apontado inicialmente, entre a avenida Cândido de Abreu e a Mateus Leme, na ciclovia.

Amigos e a mãe de Guiga reclamam da demora nas investigações. “Não tenho muitas informações da polícia, na verdade estava até pensando em ligar. Mas o que importa é que eu não vou sair daqui, só saio quando meu filho puder ir para casa”, lamenta a mãe.

Inquérito

O aluguel do apartamento do professor foi pago pela mãe, que está hospedada no local há um mês. Ela entrou com uma ação para conseguir sacar o salário do filho, mas o processo ainda tramita na Justiça.

A reportagem questionou a Polícia Civil sobre o andamento das investigações. Em nota, a assessoria de imprensa informou que os policiais estão “realizando diligências a fim de esclarecer o fato” e ainda que “mais detalhes não serão repassados para não atrapalhar” as investigações.

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13 comentários em “Professor agredido no Largo da Ordem corre o risco de ficar em estado vegetativo”

  1. Oi Lucas, tudo bem? Não tivemos acesso ao boletim de ocorrência e tanto a mãe quanto a testemunha que acionou o socorro afirmam que a agressão ocorreu naquela região. Já solicitamos o boletim para verificar o endereço exato.

  2. Gente, por que o Plural continua colocando “Largo da Ordem” se já há informações que foi bem longe do Largo? Sugiro que façam uma errata nas matérias, pessoal. Quando li a notícia, fui atrás de câmeras na região e perguntei para moradores e comerciantes sobre o espancamento. Puxaram as câmeras no horário e não tinha nem sinal dele. Por quê? Porque não foi no Largo da Ordem. Outros veículos de comunicação noticiaram que foi nas proximidades do Passeio Público, informação mais acurada, já que, pelo que consta, parece que foi naquela ponte da ciclovia que leva pro Bosque do Papa, na Cândido de Abreu.

  3. Laura Jesus de Moura e Costa

    Conheci o professor Aguinaldo, em 2015, quando ele e eu lecionávamos no Colégio Estadual Professor Elias Abrahao, no Cristo Rei. Eu achava o máximo a sua fidelidade ao uso da bicicleta (elétrica e vermelha), mesmo em dias com garoa forte. Estou torcendo pela sua recuperação e sem sequelas. Grande abraço ao professor Aguinaldo e à sua valente mamãe.

  4. O mesmo caso aconteceu com com o nosso queridos Lucas isquierdo, uns 8 anos atrás….buscamos por câmeras da.prefeitura para tentar descobrir os agressores…..nenhuma…NENHUMA CÂMERA FUNCIONAVA. O largo da ordem virou terra de ninguém

  5. E triste e assustador o nível de agressão deste país. Lamentável que ele não conhecia a violência de Curitiba e tenha sido vítima.
    Que Deus cuide da sua recuperação!!!

  6. Onde está o pessoal dos direitos humanos? Esta é a forma de tratar as pessoas comuns como nós! Se fosse um medalhão da sociedade já estaria esclarecido e não faltaria grupos e entidades em ajuda! Somos ainda infelizmente um País que privilegia o status! Uma lástima. Deus socorra o Professor sem sequelas!

  7. É um absurdo a demora. Quando se trata de uma pessoa conhecida, a história é diferente. O professor foi agredido gravemente e precisou q a mãe registrasse BO? É um descaso com a situação.

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