Organizador some com tecido e deixa noiva sem vestido em Curitiba

Além disso, acusado também não pagou produtos comprados em uma loja da capital

Uma noiva de Curitiba precisou improvisar o vestido para a festa depois que o organizador da festa sumiu com tecido avaliado em R$ 2,2 mil. O casamento aconteceu no último dia 11 de novembro e ainda não se sabe o paradeiro do acusado.

A noiva combinou tudo no início do ano com Nilmar Fabiani Dall Aqua, responsável pela empresa “Nill Eventos”, cujo CNPJ leva a um endereço no bairro Lindoia, em Curitiba. Nill, como é conhecido, ficou responsável por organizar tudo: fazer o desenho do vestido e providenciar a costura, verificar buffet – ele é chef de cozinha, bem como a decoração.

Apesar de a data do enlace estar se aproximando, a prova do vestido não era marcada. “Aí estava faltando um mês para o casamento e eu não tinha provado o vestido. Tentei entrar em contato por telefone, ele não retornava. Liguei para o namorado dele, que disse que estava com problema no celular. Aí descobri que ele estava fazendo vitrines de Natal em uma loja e fui direto lá. Conversei, ele disse que realmente estava com problema no celular. Disse que eu iria almoçar e depois poderíamos tomar um café para combinar a prova, mas a hora que eu voltei ele falou que precisava fazer uma última entrega para cliente”, contou ao Plural a vítima.

A noiva e o organizador combinaram de se encontrar à noite, o que não aconteceu. E a reunião foi remarcada para o dia seguinte. Depois disso Nill parou de atender às ligações e deixou de responder mensagens.

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De última hora a cliente precisou contratar todos os fornecedores para festa, o que encareceu a cerimônia. O acordo com a Nill Eventos, porém, se deu sem contrato formalizado porque ambos eram conhecidos do trabalho. A noiva ainda não registrou boletim de ocorrência.

Outros casos

Além do sumiço com o tecido do vestido, Nill também deixou de responder lojistas da região do Batel, onde trabalhava quando conheceu a cliente do casamento.

A proprietária de um dos estabelecimentos disse que mensalmente ele comprava alguns itens e pagava com o salário seguinte, mas deixou de aparecer e não atendeu mais chamadas telefônicas. O prejuízo para empresa foi de R$ 440.

O número de telefone pelo qual as vítimas se comunicavam com o acusado agora diz que é inexistente. A reportagem do Plural também tentou contato por e-mail, no endereço eletrônico que consta no registro do CNPJ.

Em 2020 Nill, que morava no Estado do Mato Grosso do Sul, foi acusado de não pagar o aluguel do local onde funcionava o ateliê, além de furtar máquinas de costura de uma idosa de 70 anos.

No Paraná, de acordo com a Polícia Civil (PC), não há nenhum boletim de ocorrência registrado contra o acusado. No Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) e no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) há processos envolvendo o nome do suspeito.

Até o fechamento deste texto ele não havia retornado o e-mail. A reportagem será atualizada assim que houver resposta.

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