Ônibus voltam a circular em SJP, mas greve continua

Sem salário, motoristas liberam 50% da frota em horário de pico

A decisão de voltar com as 17 linhas de ônibus paralisadas em São José dos Pinhais vai depender da Justiça do Trabalho. Enquanto isso, os motoristas da Auto Viação Sanjotur, em greve desde terça-feira (13), decidiram liberar 50% da frota nos horários de pico, e 30% nos demais horários. A categoria, no entanto, assegura que segue com a paralisação até o pagamento dos salários atrasados.  

O fim da greve – que atinge especialmente a área rural da cidade – chegou a ser determinado pela Vara da Fazenda Pública do Município, mas a liminar foi derrubada pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR). “O entendimento foi de que a Vara não possui competência para julgar o caso, por se tratar de matéria trabalhista”, diz o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus da Região Metropolitana de Curitiba (Sindimoc).

“A decisão de rodar parte da frota foi tomada única e exclusivamente em respeito ao momento que vive a população de São José dos Pinhais nesta pandemia. Ao tomar esta decisão os trabalhadores da Sanjotur se solidarizam com os usuários do transporte e pedem que estes também compreendam e se solidarizem com a situação pela qual passam os funcionários da Sanjotur, que estão desde março sem receber seus salários”, reforça o sindicato.

São 90 motoristas e outros 30 funcionários na empresa. Foto: Sindimoc

A Prefeitura afirma que está trabalhando para reverter a decisão, com denúncia ao Ministério Publico do Trabalho, “visando assim a retomada imediata da operação, a fim de não gerar mais transtornos aos usuários do lote 02”.

O lote atinge os bairros urbanos: São Marcos/Jardim Carmen, Jardim Itália, Jardim Eldorado e Colônia Rio Grande; e os rurais: Cachoeira, Agarú, Cotia, Campina, Marcelino, Campo Largo, Faxina, Malhada, Contenda e Roça Velha.

Para suprir a demanda, que atinge principalmente a área rural do município, a Prefeitura abriu chamamento público de transporte alternativo, no qual foram aprovados 104 veículos, entre carros, vans e micro-ônibus. O custo deste transporte tem valor máximo de R$ 10. Nos ônibus urbanos, o valor da tarifa ao usuário é de R$ 4,05.

Subsídio

A greve foi motivada pelo atraso nos salários de fevereiro – pagos em parcelas – e março – que ainda não foram pagos. A Sanjotur diz que não tem dinheiro – já que o número de usuários/dia caiu de 16 mil, antes da pandemia, para 7 mil nos últimos dias – e pede um subsídio da Prefeitura. A negociação também está na Justiça, que avalia qual o valor necessário para o aporte. A empresa pede R$300 mil/mês e a Prefeitura oferece 25% menos.

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