Observatório Nacional de Direitos Humanos é lançado em Curitiba

Na ocasião ministro também assinou termo de cooperação técnica com a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e falou do observatório que é uma parceria com a Fundação Parque Tecnológico de Itaipu

O Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC) agora tem um Observatório Nacional. O lançamento aconteceu nesta segunda-feira (09), na reitoria da Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Curitiba. A iniciativa é desenvolvida também em parceria com a Itaipu Binacional.

Houve assinatura de um termo de cooperação técnica entre a UFPR e o MDHC, que é a primeira universidade do Brasil a integrar o Observatório.

O ministro Silvio Almeida falou sobre a necessidade de ser fazer ciência com crítica, citou teóricos da escola de Frankfurt e explicou sobre a construção da subjetividade e como a compreensão é moldada por meio de ações políticas. “A razão meramente instrumental não olha para a consequências. É preciso pensar quais os propósitos políticos da ciência”, destacou Almeida.

O reitor da UFPR, Ricardo Marcelo Fonseca, afirmou que Curitiba é um lugar de resistência e citou eventos como greves e atos em favor da democracia e em defesa dos Direitos Humanos, embora a própria universidade mantenha títulos honoríficos a agentes da ditadura cívico-militar.

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Fonseca também lembrou do drástico corte de verbas sofrido pelas universidades públicas durante o governo Bolsonaro (2019-2022). “As universidades foram atacadas por aqueles que odeiam esteve lugar [a academia] e ainda precisamos lidar com a opinião pública”.

O ex-ministro da Educação do governo Bolsonaro (PL), Abraham Weintraub, classificou as universidades públicas como lugares de “balbúrdia”, embora mais de 60 % da produção científica do Brasil se concentre nelas.

O diretor da Itaipu Binacional, Ênio Verri, disse que com o governo do presidente Lula (PT) “o Brasil voltou”. “Agora temos o compromisso com um Brasil mais justo e […] é preciso termos mais informações científicas para construirmos políticas públicas”.

Observatório

O Observatório de Direitos Humanos servirá para a disseminação e coleta de informações sobre o assunto para serem usadas de forma estratégica, conforme o MDHC. Para Silvio Almeida os dados servirão para o combate ao avanço de comportamentos facistas e a criação do Observatório manda um “recado muito importante para o Brasil”.

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A troca de informações entre os signatários do acordo prevê também soluções tecnológicas para aprimoramento das políticas já adotadas pelo Governo Federal por meio do Ministério.

 O “ObservaDH” é uma plataforma online e servirá também como fonte de pesquisa para a sociedade civil, acadêmicos e jornalistas. Ela deve estar disponível em dezembro deste ano, conforme o MDHC.

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