Instituto Fiocruz Paraná acaba de firmar uma parceria com o Instituto Pasteur e a Universidade de Birmingham, na Inglaterra, para investigar os mecanismos pelos quais os fungos causam danos ao ser humano. Unidade internacional de pesquisa ficará dentro do Instituto Carlos Chagas em Curitiba, a colaboração entre as instituições deve durar cinco anos.
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A unidade recebeu o nome de Vesículas Extracelulares de Fungos devido a uma descoberta feita há 15 anos. Um grupo de pesquisadores brasileiros descreveu pela primeira vez a existência de vesículas extracelulares em fungos, posteriormente identificadas como estruturas que os fungos usam para causar danos aos hospedeiros.
Fiocruz Paraná
As pesquisas desenvolvidas ao longo dos próximos cinco anos buscam estudar e encontrar resultados científicos positivos que tragam benefícios às pessoas acometidas por doenças fúngicas. Além disso, a unidade de pesquisa promoverá intercâmbio científico e o treinamento de colaboradores da Fiocruz em instituições parceiras.
O pesquisador da Fiocruz Paraná Marcio Rodrigues, coordenador brasileiro da unidade internacional, aponta que a colaboração feita entre o instituto francês e a universidade inglesa indica a possibilidade dessas vesículas serem vistas como candidatas a vacinais, bem como mediadoras de resistência a fármacos antifúngicos.
Biologia de fungos
“São estruturas muito importantes para o processo infeccioso. Nosso modelo principal de estudo é o fungo Cryptococcus, que causa infecções cerebrais muito letais. Mas essas vesículas parecem ser produzidas por todos os fungos estudados até agora. Trata-se de uma característica geral e essencial para a biologia de fungos”, diz o pesquisador.
Projetos científicos vinculados à unidade estão sendo realizados desde abril. Neste mês, os pesquisadores se reuniram em Paris, no Instituto Pasteur. E, em novembro, uma nova reunião deve acontecer na Universidade Birmingham, na Inglaterra. A unidade reúne as equipes comandadas por Marcio Rodrigues (Fiocruz Paraná), Guilhem Janbon (Instituto Pasteur, de Paris) e Robin May (Universidade de Birmingham, da Inglaterra).
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