Angelino Cassova, homem negro e cadeirante, afirma ter sido acusado de furto em uma loja de Curitiba nesta quinta-feira (28). Um boletim de ocorrência foi registrado pela Polícia Militar (PM).
O caso aconteceu na avenida, na loja Eletro Vera Cruz, segundo o boletim acessado pelo Plural. Cassova comprou uma cola para arrumar sua cadeira de rodas e pagou via PIX.
Depois de pegar o produto Cassova, que é um homem negro, deixou a loja, mas foi abordado por um dos vendedores que disse que ele não ter feito a transferência.
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A PM foi acionada por Cassova. O vendedor disse aos policiais que achou que o cliente não tinha feito o PIX e pediu para ver o comprovante. O rapaz, que é um homem branco, afirmou que não teve a intenção de cometer injúria racial.
Cassova devolveu o produto e teve o pagamento estornado na presença dos policiais.
Repercussão
Em seu perfil na internet Cassova, que é Angolano, mostrou indignação com a situação, que classificou como racismo, embora não haja boletim registrado neste sentido.
Esta não é a primeira vez que ele é vítima de preconceito em Curitiba. Em junho do ano passado o Plural noticiou o caso racismo e capacitismo contra o angolano em um ônibus (relembre aqui). O inquérito deste crime ainda não foi concluído.
(Atualizada em 04/04/2024 – 12:46)
A cada dia um novo Sol surge no horizonte. Com o “racismo estrutural” também é assim, a cada dia temos um ou vários casos típicos de racismo, preconceito. A solução é os Delegados enquadrarem assertivamente os casos de racismo ou preconceito. Instrumentos já existe, só falta a boa vontade.