Homem agride vizinho com barra de ferro após discussão por causa de cachorros

Vítima precisou ser hospitalizada devido a uma lesão na mão

Uma discussão por causa de cachorros terminou em agressão em Curitiba. O caso aconteceu na rua Saldanha Marinho, região central, e a Polícia Militar (PM) registrou um boletim de ocorrência. Ninguém foi preso.

A vítima é Arthur Ramos, que veio do interior de São Paulo para Curitiba há menos de um mês para morar numa residência nos fundos do endereço. Um vizinho que mantém um depósito no mesmo quintal se incomodou com o barulho dos cachorros e a partir daí começaram as animosidades.

Ramos acusa o vizinho, identificado como Edelson Pachecho, de ter soltado os cachorros e molhado os animais diversas vezes. De acordo com o rapaz, o depósito estava em obras e isso deixava os animais agitados. Por essa razão ele mesmo sugeriu deixá-los dentro de casa durante o dia, mas mesmo assim houve discussão com o dono do depósito.

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Depois do bate-boca, uma bomba foi jogada no quintal, segundo relato de Ramos. E uma nova discussão aconteceu quando o morador foi fazer compras em uma mercearia próxima, que pertence ao vizinho.

“Ele falou que ia matar a gente porque anda armado”, contou o rapaz ao Plural. A animosidade evoluiu para agressão física. O acusado usou uma barra de ferro para atingir o vizinho, que teve a mão quebrada durante a briga.

Polícia

A Polícia Militar foi acionada e, segundo Ramos, ele foi abordado como se fosse suspeito. “Perguntaram o que tinha na casa, quantas passagens criminais eu tinha. Como se eu fosse bandido”, lamenta. O rapaz, que é negro, vê indícios de racismo na abordagem e na reação do próprio vizinho, embora isso não conste no boletim de ocorrência registrado pelo 12º Batalhão.

A vítima foi por meios próprios até o hospital, onde foi constatada uma fratura na mão esquerda, mas só realizará o exame de corpo delito em agosto, porque faltou um documento que deveria ser apresentado no Instituto Médico-Legal (IML) no dia do crime.

O boletim foi registrado como “rixa” e não como “lesão corporal”. Ao Plural, a PM informou que “realizou o atendimento da ocorrência onde a vítima se deslocou por meios próprios para atendimento médico e foi informada sobre a possibilidade de representação posterior. Ambas as partes foram orientadas sobre os prazos legais para representação”.

O caso deve ser investigado pela Polícia Civil (PC).

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