Guardas envolvidos em morte de adolescente no CIC são afastados das ruas

No entanto, eles continuam exercendo funções internas dentro da Guarda Municipal de Curitiba

A portaria Nº 39, assinada pelo secretário municipal de Defesa Social e Trânsito de Curitiba, coronel Péricles de Matos, afasta os guardas municipais Edmar Teixeira Júnior e Anderson Bueno de Jesus, envolvidos na abordagem que resultou na morte do estudante Caio José Ferreira de Souza Lemes, de 17 anos. O texto documento foi publicado no dia 2 de junho com data retroativa de afastamento a 31 de maio.

Ambos já estavam suspensos das funções após abertura de inquérito pela Polícia Civil. No último dia 30 de maio o Ministério Público do Paraná (MPPR) denunciou Edilson Pereira da Silva, autor do disparo, por homicídio doloso. Na denúncia, a 1ª Promotoria de Justiça de Crimes Dolosos contra a Vida da capital alega que o guarda municipal atirou apenas porque o jovem desobedeceu à ordem de abordagem.

A denúncia afirma ainda que Lemes foi atingido pelo disparo quando já estava rendido, ajoelhado e com as mãos na cabeça, sem oferecer resistência. O MPPR quer ainda que as qualificadoras sejam consideradas – motivo fútil e dificuldade de defesa da vítima.

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Além disso, ele e Edmar Teixeira Júnior também devem responder por fraude processual, já que o boletim de ocorrência do dia da morte do adolescente indicava que a vítima estava armada com uma faca – o que não foi comprovado durante as oitivas na Polícia Civil (PC).

Relembre

Caio José Ferreira de Souza Lemes estava com amigos na Cidade Industrial de Curitiba quando foi abordado pelos guardas municipais Edmar Teixeira Júnior, Edilson Pereira da Silva e Anderson Bueno de Jesus.

O rapaz correu, mas foi rendido. Mesmo assim terminou baleado durante a ocorrência. Os bombeiros chegaram a ser acionados, mas a vítima, que era estudante e trabalhava como menor aprendiz, faleceu ainda no local, em 25 de março.

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