Na última semana, a UniBrasil, em Curitiba, foi palco de um protesto organizado por alunas que pediam mais segurança. A manifestação ocorreu depois que um homem invadiu o banheiro feminino.
Após a mobilização das alunas, a universidade recebeu representantes de centros acadêmicos e de turmas para “troca de ideias sobre a segurança no campus” e se comprometeu a criar uma comissão especial para acompanhamento do plano de segurança.
As estudantes assediadas não querem ser identificadas, mas amigas das vítimas entraram em contato com a União Paranaense de Estudantes (UPE), que por sua vez está acompanhando o caso e cobrou explicações da instituição de ensino.
“Nos colocamos à disposição para dar palestra sobre a importância de denunciar o assédio, mas mais que isso, queremos saber também do encaminhamento que foi dado nesta questão: as alunas receberam apoio psicológico? A Justiça e a polícia foram comunicadas?”, questiona a representante da UPE, Giovanna Gabriela.
Um novo protesto deve acontecer no mês de maio, organizado pela própria UPE e também por coletivos feministas.
O que aconteceu?
As informações repassadas pelas alunas à UPE são de que este homem entrou mais de uma vez no banheiro feminino e chegou a tentar contato físico com as estudantes.
A universidade divulgou um comunicado por meio das redes sociais (veja abaixo), no entanto, diversas alunas criticaram o posicionamento.
“Nós alunas da UniBrasil estamos nos sentindo coagidas com esta situação”, publicou uma estudante. “Queremos atitude de verdade e não uma postagem fazendo promessas que passarão apenas de palavras”, escreveu outra.
A reportagem questionou a UniBrasil sobre a segurança no campus e também acerca da identificação do acusado, no entanto, até o fechamento do texto, a assessoria de imprensa não havia respondido.