Doenças negligenciadas causam mais mortes no Brasil durante pandemia

Mortes por dengue e malária subiram 14,26% e 82,55%, respectivamente

A pandemia do novo coronavírus, além dos impactos diretos provocados pela doença, também teve relação com o aumento de outras enfermidades no Brasil. No ano passado, por exemplo, a taxa de mortalidade por malária subiu 82,55% no país. A dengue, por sua vez, teve avanço de 14,26%.

Os pesquisadores Nikolas Lisboa Coda e Stefan Oliveira, da Universidade Federal de Uberlância e Álvaro Faccini-Martínez, da Universidade de Córdoba (Argentina) realizaram um estudo que apontou aumento na taxa de mortalidade de pacientes acometidos por doenças tropicais negligenciadas, como malária e dengue.

“Tem relação direta com a desassistência a essas doenças. Muito da força de trabalho do SUS e do sistema privado foi deslocada para a frente de combate ao coronavírus e houve uma diminuição dos testes, diminuição do tratamento e da avaliação dessas doenças.”

Julio Croda, médico infectologista da Fundação Oswaldo Cruz.

Paraná

No Paraná, o ano epidemiológico da dengue (começado em agosto de 2019 e terminado em julho de 2020) teve 227.724 casos positivos e 177 mortes confirmadas. Número bem maior que no período seguinte, quando foram positivados 27.889 pacientes e 32 óbitos.

Também em contraponto com os dados nacionais, o Paraná não teve registros de mortes causadas por malária nos dois últimos anos, conforme informou a Secretaria Estadual da Saúde (Sesa). Em 2020 foram registrados 47 casos confirmados, todos “importados”, ou seja, as pessoas não adoeceram no Paraná.

No último ano houve aumento no número de pacientes que tiveram a doença – 78 no total, sem mortes, diferente do que ocorreu nas estatísticas nacionais.

O que são doenças tropicais negligenciadas?

De acordo com a Fiocruz “as doenças negligenciadas são aquelas causadas por agentes infecciosos ou parasitas e são consideradas endêmicas em populações de baixa renda”.

Com informações da Agência Brasil.

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