Curitiba tem apenas 75 vagas femininas em Casas de Passagem

De acordo com a Fundação de Ação Social a cidade tem mais de 1,5 mil vagas institucionais no total

O número de vagas de acolhimento para mulheres que vivem em situações vulneráveis em Curitiba é de apenas 75, num panorama geral de mais de 1,5 mil vagas. De acordo com o Ministério de Direitos Humanos (MDH) há cerca de 3,4 mil pessoas nesta situação na cidade.

Os dados federais apontam que ao menos 1,5% da população de Curitiba está em situação de rua.

Conforme levantamento do Governo Federal 90% das pessoas em situação de rua em Curitiba é homem. A maioria tem entre 40 e 49 anos.

Violência

Muitas destas pessoas buscam abrigo ou permanência para fugir da violência, que muitas vezes pode ser institucional. Na última semana a presidente da FAS, Maria Alice Erthal, esteve na Câmara de Vereadores e respondeu questionamentos dos parlamentares. Os vereadores da base do prefeito Rafael Greca (PSD) elogiaram o trabalho.

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Os de oposição perguntaram sobre o áudio vazado no qual Erthal pede para que a Guarda Municipal (GM) aterrorize pessoas em situação de rua que dormem na região central. Ela disse que houve exagero.

Rede de acolhimento

Segundo a Fundação de Ação Social (FAS) há seis Casas de Passagem, que são unidades de acolhimento provisório, ou seja, locais onde as pessoas podem ficar por até 90 dias. Há, ao todo, 595 vagas nesta modalidade.

O número de vagas femininas nas Casas de Passagem – apenas 75 – é menor do que o número de mulheres em situação de rua. O Ministério dos Direitos Humanos estima que haja 1160.

Segundo a prefeitura de Curitiba a quantidade de vagas pode ser ampliada “conforme a necessidade”. E, além disso, também há abrigos e outras modalidades de acolhimento institucional.

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