Curitiba tem 11 casos confirmados de varíola dos macacos; saiba como se prevenir

Além disso, há outros 14 pacientes com suspeita da doença na capital

No sábado (23) a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a varíola dos macacos emergência de interesse internacional e deixou um alerta para adoção de cuidados para evitar a disseminação da doença. Em Curitiba, até esta terça-feira (26), já há 11 casos confirmados e outros 14 em investigação, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

A transmissão da varíola dos macacos acontece por meio de contatos próximos como abraços, beijos, relações sexuais ou secreções respiratórias. Também por meio de objetos usados ou tocados por quem está infectado e tem lesões.

Os sintomas da doença podem ser confundidos com uma simples gripe ou com a Covid-19. Antes do surgimento das pústulas, que são as bolhas, o paciente apresenta febre, dores musculares e nas costas, além de fraqueza, bem como inchaço nas glândulas que ficam na região cervical.

Apesar da facilidade na disseminação, a taxa de óbitos em pacientes infectados é baixa. “Os últimos estudos indicam algo em torno de 3%, baseados em surtos anteriores. A taxa de hospitalização também é baixa”, explica a médica Viviane de Macedo, infectologista e professora do curso de medicina da Universidade Positivo (UP).

No Paraná exames de casos suspeitos são feitos pelo Laboratório Central do Estado (Lacen).

Prevenção

Os cuidados adotados para prevenção da Covid-19 podem ser úteis também para evitar o aumento de casos da varíola dos macacos. “Temos que continuar com o distanciamento, evitar aglomerações, lavar as mãos e usar máscaras, que são boas iniciativas de prevenção contra doenças virais”, destaca a médica Aline Stipp, professora de microbiologia no curso de medicina PUC, em Londrina.

Conforme a SMS, há protocolos específicos para identificação, atendimento, coleta, tratamento e monitoramento dos casos da doença. O atendimento é feito diretamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), e em caso de dúvida, a Central 3350-9000 também está disponível para orientações.

Casos suspeitos

Para aqueles que estão com suspeita de infecção, segundo a prefeitura, é adotado o protocolo de isolamento para evitar a propagação da doença.

“O isolamento é extremamente importante até que todas as lesões desapareçam”, lembra dra. Viviane.

Em nota enviada ao Plural, a Secretaria de Saúde orienta as pessoas que apresentam pústulas ou que tiveram contato com alguém que tenham as bolinhas na pele, a procurar o serviço médico para investigação, mas tranquiliza. “Várias doenças alérgicas ou infecciosas como a varicela ou catapora se caracterizam por lesões do tipo vesículas e pústulas, mas que não têm nada a ver com a infecção pelo vírus monkeypox [varíola dos macacos]”.

Vacinação contra a varíola humana no Brasil | Foto: Luana Dandara (Portal Fiocruz)

Histórico

Apesar do nome, a doença não tem origem em vírus de macacos. Os primatas apenas podem adoecer, assim como os seres humanos. Atualmente, não se sabe qual animal mantém o vírus na natureza, mas há possibilidade de que sejam roedores

Além disso, a varíola dos macacos é diferente da varíola humana, embora o antígeno para a segunda doença tenha efeito positivo nos dois casos. Porém, não há vacinas disponíveis no Brasil.

Isso acontece porque desde 1980 a varíola humana é considerada erradicada pela Organização Mundial da Saúde, portanto, sem necessidade de vacinação. De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz) só durante os 80 anos em que esteve ativa no século passado, a varíola matou mais de 300 milhões de indivíduos.

“O fato de os seres humanos serem os únicos hospedeiros da doença, a existência de um só sorotipo e imunidade permanente conferida tanto pela infecção quanto pela vacina contribuíram para o desaparecimento da varíola. Essa foi a primeira e única doença erradicada da face da Terra pela ação da medicina”, conforme aponta a FioCruz.

O Ministério da Saúde informou que iniciou negociações para adquirir a vacina, apesar de a situação ainda não ser considerada endêmica no Brasil. Atualmente há 813 diagnósticos positivos da doença (até 25/07).

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2 comentários em “Curitiba tem 11 casos confirmados de varíola dos macacos; saiba como se prevenir”

  1. Plural, nos Estados Unidos eles estão usando a vacina contra chicken pox (acho que se traduz catapora?) . O depto de saúde deles diz que essa vacina contra chicken pox dá uma proteção de 80% contra a monkeypox (varíola dos macacos). Tem gente se vacinando no exterior contra shingles (herpes zoster) – que é um vírus totalmente diferente, mas eles tão se vacinando com essa da shingles pra caso forem infectados com a monkeypox, daí não correm risco de sofrer de shingles e monkeypox ao mesmo tempo.
    Enfim, tem como vocês perguntarem pra prefeitura de Curitiba e pro Governo do Paraná se eles vão fazer vacinação em massa do povo contra a chicken pox e/ou contra a shingles?
    Desculpa, eu tô fazendo pergunta de uma coisa que eu não entendo direito, mas espero que vocês tenham entendido…

  2. CLECIMAR ÁLVARES DA SILVA

    Oi tenho 62 anos,E TENHO CERTEZA DE QUE O MINISTÉRIO DA SAÚDE DEVERIA DAR INÍCIO PRA FRABRICA CÃO DE VACINAS,,JÁ JÁ ,ESTES ATUAL GOVERNO VIROU AS COSTAS NO INÍCIO DA COVT E CENTENAS DE PESSOAS FALECERAM,,PELA AROGANCIA DELES;,ESPERO QUE NÃO ENTRE MEDICAMENTOS INADEQUADOS PRA ESTE NOVO VÍRUS DO MACACO. COMO FOI SUGERIDO PELOS MINISTROS DA SAÚDE, NA COVT.?, PORQUE ELES CUIDAM DAS DESPESAS, ,E NÃO DÁ GUALIDADE DE SAÚDE DO POVO?????

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