Curitiba adota intervalo de 25 dias para Coronavac e 2ª dose começa dia 15

Capital já recebeu 23.160 vacinas para a etapa de reforço

Ao contrário do que previa a primeira versão do Plano Municipal de Vacinação contra a Covid-19, a Prefeitura de Curitiba vai adotar intervalo de 25 dias – e não 14 dias – entre a primeira e a segunda dose da Coronavac, vacina mais aplicada na Capital até agora. Com isso, a rodada de reforço do imunizante começa na próxima segunda-feira (15). O retorno, neste momento, não contempla os que receberam a vacina de Oxford-Fiocruz, cujo tempo de espera entre a primeira e a segunda aplicação é de quatro meses.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o intervalo segue orientação do Governo do Paraná, que é quem armazena e distribui as remessas aos municípios. As cargas para as segundas doses começaram a ser distribuídas pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) no último dia 3. Em Curitiba ficaram 23.160, exatamente o equivalente ao primeiro lote repassado à Cidade em 19 de janeiro.

O período de espera está em consonância com o que indicam o laboratório chinês Sinovac e o Instituto Butantan, de São Paulo, fabricantes da Coronavac no Brasil. A bula da vacina indica que a reaplicação seja feita entre duas e quatro semanas após a primeira dose, mas estudos em andamento já mostram que a reação imune é melhor com maior intervalo entre as doses.

No fim de janeiro, pesquisadores do Butantan apontaram o período entre 21 e 28 dias como o “intervalo ideal”. O ensaio conduzido em São Paulo mostrou que as respostas imunológicas dos 1,4 mil participantes que receberam a segunda dose três semanas depois foram cerca de 20% melhores do que as observadas nos demais participantes da pesquisa.

“A gente tem trabalhado com 25 dias porque, caso a pessoa não venha, a gente tem alguns dias para completar o prazo para ela fazer a vacina”, explica a superintendência de gestão da SMS, Flávia Quadros. O período, no entanto, não é fixo e pode ser estabelecido dentro de uma margem de três dias a mais ou a menos do que o protocolo do município, no qual 68,7% das 65.250 doses recebidas até agora são da Coronavac.

Datas certas para os idosos

O cronograma da Prefeitura para as segundas doses já está pronto e vai seguir o modelo que vem sendo executado até agora. Para idosos de abrigos, o reforço será dado por agentes que vão até os lares. Já os profissionais de saúde devem retornar ao centro de vacinação do Parque Barigui em horários pré-estabelecidos e que serão comunicados pelo aplicativo da SMS, o ‘Saúde Já’.

Os idosos que começarem a ser vacinados nesta quarta-feira (9), abrindo a segunda fase de vacinação na Cidade, irão ser avisados da data de retorno no mesmo dia da aplicação da primeira dose.  

“Eles já vão sair sabendo quando têm que voltar, até para se organizarem. Se a gente ver que esse idoso não está tomando a segunda dose, aí teremos que fazer uma busca ativa dele também”, acrescentou a superintendente.

Imunidade

Assim como a vacina da Oxford- Fiocruz , o protocolo de imunização da Coronavac exige a aplicação de duas doses. Mas segundo o Instituto Butantan, o esquema não tem a ver com eficácia, mas com reforço, o que é comum em programas de vacinação de uma maneira geral.

Com a Coronavac, a proteção média se dá em duas semanas após a segunda dose – tempo que o sistema imunológico  leva para criar anticorpos neutralizantes, responsáveis por barrar a entrada do vírus nas células.

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