Vacinação de autônomos da Saúde fica suspensa até nova ordem de prioridade

Curitiba aguarda resposta do Ministério da Saúde sobre critérios para imunização destes profissionais

A vacinação de profissionais da saúde autônomos da Capital do Paraná seguirá suspensa até que o Ministério da Saúde defina novos critérios sobre a ordem de prioridades no esquema de imunização do país, baseada em critérios técnicos-científicos.

A distribuição generalizada de doses para este grupo foi interrompida na última sexta-feira (6) em Curitiba, na esteira de questionamentos levantados pelo Ministério Público do Paraná (MPPR). A Promotoria de Saúde da Capital quis saber por que a única exigência proposta pela Prefeitura foi a de que os os profissionais tivessem registro ativo em conselho de classe – o que poderia fragilizar o modelo e dar vez a trabalhadores que não estão atuando em serviços de Saúde.

De fato, denúncias de profissionais credenciados a conselhos, porém ligados a atividades distintas, começaram a se acumular tão logo as doses começaram a ser aplicadas. Diante disso, a sugestão de interromper a distribuição para o grupo total – cerca de 14 mil trabalhadores, de dez categorias diferentes – foi acatada por Curitiba, que manteve apenas a imunização de profissionais vinculados ao Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES).

Pente-fino

Em nova reunião nesta terça-feira (9), conduzida pelo Ministério Público do Trabalho no Paraná (MPT-PR), a vacinação dos autônomos de Curitiba foi mantida suspensa até que novos critérios de grupos prioritários sejam elencados pelo Governo Federal, em resposta a uma demanda do Supremo Tribunal Federal (STF).

Nesta segunda, o ministro Ricardo Lewandowski deu cinco dias para que o Ministério da Saúde divulgue uma ordem minuciosa de preferência para a vacinação contra a Covid-19, baseada em critérios técnico-científicos.

A determinação foi dada no âmbito de um pedido protocolado pelo partido Rede, sob o argumento de que o esquema vigente é muito genérico e que, por causa da escassez de doses, a falta de operacionalização adequada da vacina pode gerar várias situações de injustiça.

No Paraná, há vários relatos na mira do MPPR. Um deles, em São José dos Pinhais, colocou na frente de trabalhadores da Saúde dezenas de pessoas sem contato com pacientes, conforme mostrou o Plural com exclusividade.

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