Após um ano, Amil vai cobrar aluguel de hospital cedido a Curitiba

Hospital Vitória está sendo usado gratuitamente desde o começo da pandemia

O prefeito Rafael Greca (DEM) anunciou nesta segunda-feira (1) que a prefeitura de Curitiba terá de começar a pagar pelo uso do Hospital Vitória, de propriedade do grupo Amil. Desde os primeiros meses da pandemia de Covid, o hospital, na CIC, está sendo usado pelo município em regime de comodato.

Segundo o prefeito, os sócios da Amil decidiram que a partir de agora, passarão a cobrar um aluguel. Greca disse em discurso aos vereadores, na abertura do ano legislativo, que o município aceitou fazer o pagamento, pelo menos até o final de 2021.

Segundo o prefeito, enquanto houver pandemia, os leitos serão destinados a pacientes de Covid. Caso a crise da Covid se encerre antes do final do ano, o Vitória continuará integrado à rede municipal até dezembro, por exemplo, fazendo cirurgias eletivas que estejam represadas.

Desde o início da pandemia, a prefeitura já solicitou três hospitais de fora de sua rede para tratar pacientes de Covid: o Vitória, a maternidade Victor Ferreira do Amaral e o Instituto de Medicina.

Procurada pela reportagem do Plural, a assessoria de comunicação da prefeitura informou que o comodato do Vitória termina em maio, e que ainda não estão encerradas as negociações para definir o preço do aluguel nos meses seguintes.

Desmentido

Após a publicação deste texto, a assessoria de comunicação da prefeitura de Curitiba enviou uma nota afirmando que a cobrança de aluguel não foi uma decisão da Amil, ao contrário do que disse o prefeito. Veja a nota na íntegra.

Nesta segunda-feira (1/2), na reabertura dos trabalhos na Câmara Municipal de Curitiba, o prefeito Rafael Greca agradeceu a parceria da operadora Amil, que cedeu em comodato ao município, em junho de 2020, as instalações do Hospital Vitória, localizado na CIC.

O prefeito também manifestou interesse em negociar com a Amil a locação do espaço, depois que estiver estabilizada a situação da pandemia do novo coronavírus na capital. O hospital será útil, no futuro, para que o sistema de saúde da cidade possa colocar em dia a realização dos procedimentos eletivos suspensos neste período.

A Prefeitura de Curitiba ressalta que em nenhum momento a operadora Amil cogitou a cobrança de aluguel para uso do espaço na pandemia. Pelo contrário, esteve sempre disposta a manter a parceria num esforço conjunto com o município para enfrentar o avanço da covid-19.

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