As primeiras doações para construção da cozinha comunitária no Parolin, em Curitiba, já chegaram. Com isso, a obra foi iniciada, mas ainda não há previsão de conclusão. A cozinha fica na residência de uma moradora do bairro, a costureira Isete do Rocio.
Com mão de obra do marido e do filho, a previsão do orçamento para que a obra seja executada é de R$ 5 mil. Foram recebidos em dinheiro pouco mais de R$ 500, além de doações de materiais de construção, que permitiram o início do trabalho.
A próxima etapa será a cobertura, que vai permitir que os pedreiros façam os ajustes do lado de dentro. Depois disso, janelas e porta – que já foram ganhadas – serão instaladas. “Aí vamos comprar um fogão melhor, porque o meu mesmo é muito pequeno, não cabe panelas grandes”, diz Isete.
Enquanto a obra não termina
Levantamento divulgado nesta semana pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan) indica que 33,1 milhões de pessoas não têm o que comer no país. Os dados constam do 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil. A sondagem foi realizada pelo Instituto Vox Populi, com apoio e parceria de Ação da Cidadania, ActionAid Brasil, Fundação Friedrich Ebert Brasil, Ibirapitanga, Oxfam Brasil e Serviço Social do Comércio (Sesc).
Segundo a pesquisa, o país retornou a um patamar equivalente ao da década de 1990. Na pesquisa feita no ano passado, a fome no Brasil tinha voltado para patamar equivalente ao de 2004. Em números absolutos, os dados do segundo inquérito apontam que 125,2 milhões de brasileiros passaram por algum grau de insegurança alimentar
Realidade que é sentida também no Parolin. “Enquanto a cozinha não fica pronta eu vou juntando alimentos e monto cesta básica para o pessoal que está precisando”, revela.
Além das doações de materiais de construção e alimentos, Isete também recebe roupas de inverno para repassar os moradores do entorno, sobretudo quem vivia no Morro do Sabão, onde um incêndio destruiu 30 casas em 26 de fevereiro.
Quem quiser ajudar pode entrar em contato por meio do WhatsApp ou telefone (41) 99908-7791.
Com Agência Brasil.
Sobre o/a autor/a
A obra iniciada por iniciativa de D. Isete colheu frutos. Lendo a reportagem no Plural, fui até o local e providenciei a compra de mais alguns materiais solciitados, contzndo com a ajuda de amigos e de uma entidade da qual faço parte. Como a obra estava em um impasse técnico, levei comigo um engenheiro e um projetista que deram forma ao que estava em construção. Também conseguimos apoio de duas empresas de material de construção, no valor de 4 mil reais. Mas para a conclusão do projeto serão necessários mais 20 mil reais, aí incluídos os equipamentos de cozinha, refrigerador, fogão, etc. Pedimos que o Plural continue a divulgar essa causa e se alguém tiver condições de ajudar, é só entrar comigo. Celular: 99650-3408. Juarez Varallo Pont.
Enquanto as pessoas passam fome em Curitiba e precisam se virar sozinhas pra enfrentar desemprego e miséria, o Greca fica dando mesadas multimilionárias pros donos das empresas de transporte público não passarem necessidades de luxo! E os vereadores estão mais preocupados em remover à força um dos poucos homens negros que fazem parte do legislativo municipal! As prioridades desses nossos governantes são nojentas!
A iniciativa é ótima mas deveria ser feita pelo poder público. Além dessa cozinha comunitária poderia ter também uma lavanderia comunitária. O custo disso é pequeno e ajudaria muito essas pessoas.