Aline Reis, do Plural, é eleita uma das jornalistas negras mais admiradas do país

Prêmio escolheu 50 jornalistas negros e negras do país inteiro

A jornalista Aline Reis, do Plural, foi incluída numa lista dos jornalistas negros mais admirados do país. A revelação foi feita nesta terça-feira (10) pelo Jornalistas&Cia, que promoveu a escolha em parceria com 1 Papo Reto, Neo Mondo e Rede JP de Jornalistas pela Diversidade na Comunicação. A lista inclui 50 nomes do Brasil inteiro, e Aline foi a única selecionada a trabalhar em um veículo do Paraná.

O Prêmio +Admirados Jornalistas Negros e Negras da Imprensa Brasileira é uma iniciativa para valorizar a diversidade nas redações. Até recentemente, as redações de jornalismo, tanto na tevê e no rádio quanto nos veículos impressos e na Internet, eram formadas quase exclusivamente por brancos – e não havia políticas afirmativas para a inclusão de negros e negras.

“A iniciativa de olhar para profissionais negros dentro das redações é importante porque dá um raio-X sobre a quantidade de gente como nós atuando como jornalistas”, diz Aline sobre o prêmio. “Há muito pouco tempo era difícil conhecer jornalistas negros, o que também é um reflexo da dificuldade no acesso ao Ensino Superior, então é um momento de celebração.”

“Para mim, pessoalmente, foi até uma surpresa. Fico muito grata, primeiro por representar o Plural, que é um veículo importante, que faz jornalismo de qualidade e local. E depois por, de alguma forma, entender que meu trabalho presta um serviço para a sociedade”, afirma ela.

Aline é formada em jornalismo pela Universidade Positivo. Trabalhou boa parte da carreira em Umuarama, onde foi repórter no jornal O Bemdito e Umuarama Ilustrado, além de ter sido assessora de imprensa na Câmara dos Deputados. No Plural há quase dois anos, trabalha como repórter de cidades e política. Neste ano, recebeu também o Prêmio Fiep de Jornalismo por uma reportagem sobre a indústria de pianos Essenfelder.

Diversidade

Foi só nos últimos anos, depois dos debates para a criação das cotas nas universidades e nos concursos públicos, que a imprensa se importou em fazer políticas de inclusão, consideradas hoje absolutamente necessárias para dar oportunidades a novos talentos e também para que a população se sentisse mais representada.

Meninos e meninas negros sempre cresceram sem se ver nos repórteres e apresentadores que faziam parte de seu cotidiano, com raríssimas exceções, como Dulcinéia Novaes, Zileide Silva e, mais recentemente, Maju Coutinho. A abertura das portas fez com que o jornalismo começasse a se tornar mais diversificado, mas ainda falta muito para que a real proporção de negros e negras na população brasileira seja refletida nos veículos.

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