Servidores protestam contra projetos de plano de carreira na Câmara de Curitiba

Substitutivo geral foi apresentado poucos minutos antes de a sessão começar. Oposição negocia adiamento das votações

Servidores municipais fazem protesto nesta segunda-feira (21) em frente à Câmara de Curitiba, que votará os planos de carreiras apresentados pelo prefeito Rafael Greca (PSD). Os trabalhadores e trabalhadoras reclamam de falta de diálogo com o Executivo.

Um substitutivo geral foi apresentado no início da manhã, mas as categorias afirmam que não tiveram tempo de ler. Rejani Soldani, do Sindicato dos Guardas Municipais de Curitiba (Sigmuc), falou no plenário da Câmara que os vereadores têm a chance de corrigir os erros da Prefeitura. “Nós tivemos conhecimento deste projeto agora e não pudemos ler o que está sendo discutido”.

A oposição tentou adiar a votação dos projetos, mas sem sucesso.

Do lado de fora da Câmara os servidores protestavam com buzinas e faixas. “A sociedade precisa ficar sabendo a respeito disso. Faltam três mil professoras em Curitiba. A carreira precisa ser atrativa para que as pessoas permanecem no magistério”, criticou Jokasta Pires , do Sismmac, que representa as professoras do município.

O vereador Tiko Kuzma (Pros), líder do prefeito, defendeu os projetos e falou em responsabilidade fiscal. Kuzma disse que o projeto não foi apresentado às pressas, embora tenha sido apresentado instantes antes do início da sessão.

Juliana Mildemberg, do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc), pediu mais tempo para discussão as propostas de avanço, que podem dificultar as progressões. Enquanto a sessão esteve suspensa representantes os sindicatos tentaram articular mudanças com a base de Greca.

Ricardo Ribeiro, do Sindicato dos Auditores Fiscais (Sinfisco), reforçou o pedido para que a discussão dos projetos seja aprofundada. “Deixo o apelo aqui e espero que possamos ter algum avanço na discussão do plano de carreiras.”

O funcionalismo de Curitiba está sem plano de carreira desde a chegada de Rafael Greca à Prefeitura, em 2017. O prefeito havia herdado os planos aprovados pela gestão anterior, de Gustavo Fruet (PDT), mas cancelou a implementação afirmando que a cidade estava quebrada. Só agora, seis anos depois, a Câmara volta a discutir o assunto.

A sessão foi reaberta às 9h38, após ser suspensa para fala dos representantes dos sindicatos.

Este texto está em atualização.

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