A CPI da Pandemia no Senado Federal interroga nesta terça-feira (14) o empresário Marcos Tolentino, apontado como verdadeiro dono do FIB Bank, fiadora da Precisa Medicamentos no contrato da vacina indiana Covaxin com o Ministério da Saúde. Tolentino, como ele mesmo admitiu durante depoimento à CPI, é amigo do deputado paranaense Ricardo Barros (PP), líder do governo Bolsonaro na Câmara. Essa ligação colocou o parlamentar paranaense novamente na mira da Comissão e alguns senadores ironizaram sua atuação.
Quando Randolfe Rodrigues (Rede-AP) citou que Barros era defensor do uso de precatórios para o pagamento do Renda Cidadã, o senador Renan Calheiros tomou a palavra e disse que “Ricardo Barros está presente em todas as negociatas”. Randolfe, então, respondeu: “O deputado Ricardo Barros é um expert em negócios, onde tem negócios o Ricardo está”, disse.
Depois, até o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM) embarcou nas ironias: “Eu vou pedir para vocês não falarem do Ricardo Barros. Ele é onipresente, uma pessoa que está presente em todos os cantos do governo. Intocável perante o presidente Bolsonaro, intocável perante os apoiadores, porque permanece. Mesmo que a gente mostre aqui, desnude o líder do governo na Câmara do presidente Bolsonaro, isso não vai mudar nada, vai continuar lá. Talvez o presidente escreva uma nota um dia, pedindo desculpas por ter mantido ele como líder até hoje”.
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— Estado de Minas (@em_com) September 14, 2021
Aziz ironiza Bolsonaro: 'Talvez escreva uma carta sobre Ricardo Barros'https://t.co/puPmG2J9v9 pic.twitter.com/aflJMuXb85