Estradas interditadas no Paraná somam 46 bloqueios em rodovias estaduais e 33 nas federais

PM vai cumprir decisão do STF e começar a atuar para liberar rodovias

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou, nesta terça-feira (1º), que a Polícia Militar entre em ação para liberar o tráfego em estradas interditadas por todo o país. Desde o dia 30 de outubro, domingo do segundo turno, as rodovias estaduais e federais sofrem com bloqueios organizados por bolsonaristas que protestam contra o resultado das eleições. A decisão foi tomada no âmbito da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 519. Acompanhe a situação das estradas interditadas no Paraná.

No Paraná, de acordo com a Polícia Militar (PM), há 46 pontos de bloqueio nas rodovias estaduais. Em nota enviada ao Plural, a PM afirmou que “desde o primeiro momento, todos os pontos de bloqueio, parciais ou totais, nas rodovias estaduais, são acompanhados pelos policiais militares que negociam a liberação das vias de forma pacífica”.

Estradas interditadas no Paraná

No Noroeste do Estado, por exemplo, a rodovia PR-323, trecho de Umuarama, está bloqueada por bolsonaristas. Embora não haja um comando central das ações, um vídeo publicado em redes sociais afirma que só estarão autorizados a trafegar pela via ambulâncias e veículos com cargas vivas.  Assista ao vídeo:

A decisão de Alexandre de Moraes determinou prisão em flagrante e multa de RS 100 mil por hora pelos responsáveis pelos atos antidemocráticos. O ministro afirmou que a medida tem o objetivo de garantir o “resguardo da ordem no entorno e, principalmente, à segurança dos pedestres, motoristas, passageiros e dos próprios participantes do movimento ilegal que porventura venham a se posicionar em locais inapropriados nas rodovias do país”.

Rodovias federais

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), até 10h30 desta terça-feira havia 33 pontos de bloqueio no Paraná. Um deles na rodovia dos Minérios, em Curitiba, que nas primeiras horas da manhã registrou congestionamento. Patrícia Leite, foi uma das trabalhadoras impactada pelo protesto. “A rodovia estava congestionada. Geralmente eu pego o carro [ônibus] de 6h20, mas ele atrasou. E a estrada estava toda congestionada no sentido Parque São Lourenço e a gente levou alguns minutos para conseguir sair”.

Protesto bolsonarista

Os atos antidemocráticos são organizados por grupos bolsonaristas por meio de redes sociais e de aplicativos de mensagens e não têm apoio de entidades que representam as empresas de transporte.

A Confederação Nacional do Transporte (CNT), disse, em nota, que é contra a paralisação e que isso prejudica o direito de ir e vir das pessoas.

“Além de transtornos econômicos, paralisações geram dificuldades para locomoção de pessoas, inclusive enfermas, além de dificultar o acesso do transporte de produtos de primeira necessidade da população, como alimentos, medicamentos e combustíveis”, destacou a CNT.

Bolsonaristas também têm se organizado para pedir intervenção militar em frente aos quarteis do Exército Brasileiro.

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