Oriovisto questiona atuação de Aras e diz que Bolsonaro não o teria indicado se houvesse confronto de opinião

O senador paranaense apresentou dados que indicam alinhamento excessivo entre a Procuradoria-Geral da República e a Presidência

O procurador-geral da República, Augusto Aras, está sendo sabatinado pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal para sua recondução ao cargo após indicação de Jair Bolsonaro. Único paranaense a integrar a Comissão, Oriovisto Guimarães (Podemos) questionou Aras sobre seu alinhamento excessivo ao governo Bolsonaro.

Ao formular sua pergunta, Oriovisto lembrou que, quando na primeira indicação, questionou Aras se ele seria fiel a uma eventual gratidão a Jair Bolsonaro ou à Constituição Federal. Naquele momento, o candidato a PGR prometeu gratidão à Constituição. O senador, então, trouxe dados de uma pesquisa recente que apontam o contrário. Levantamento das pesquisadoras Eloísa Machado e Luiza Ferraro indicam que a PGR propôs apenas 1,74% das ações contra atos do governo de 2019 a 2021. Outro dado destacado pelo paranaense foi a coincidência entre os posicionamentos da PGR e da Advocacia-Geral da União: em 85,7% dos processos envolvendo o Executivo, a opinião dos dois órgãos esteve alinhada.

“É um número que me faz pensar por que um número tão baixo? Será o presidente da República tão obediente às normas constitucionais ou será a Procuradoria-Geral da República muito cuidadosa, ou cuidadosa em excesso?”, disse Oriovisto.

Retomando conceitos de Aristóteles, Orivovisto disse que a virtude deve estar no meio. “O senhor não é o procurador da oposição, mas, por óbvio, também não deve ser o procurador do presidente da República. Nenhum dos dois serve ao Brasil”.

“Pelo pouco que conheço do presidente Bolsonaro, aposto que ele jamais o teria indicado novamente para a PGR se o senhor tivesse tido um confronto de opinião com ele, como tiveram os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica”, afirmou.

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1 comentário em “Oriovisto questiona atuação de Aras e diz que Bolsonaro não o teria indicado se houvesse confronto de opinião”

  1. Vamos combinar uma coisa: o profe ( que fracasso!, essa “nova” política que não gosta de política, que fez a ponte para o Brasil chegar a esse ponto de destruição ), só questionou o Aras porque o Aras é inimigo número 1 do amigão número 1 do profe, o marreco de Maringá, responsável direto pela eleição do Bolsonaro e pelo caos jurídico e politico que estamos vivendo; o profe vai ser vice do marreco na chapa da mais extrema direita do país? Preparem-se, crianças, ele gostam de mirar bem na cabecinha!

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