Enquanto Lula não nomeia novo comando da Itaipu, Risden aproveita para fechar convênios

Lula deve indicar membro do PT no Paraná para assumir a direção da Itaipu Binacional

Enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não escolhe o novo nome para assumir a diretoria da Itaipu Binacional, o atual diretor, vice-almirante Anatalício Risden Junior, bolsonarista, segue firmando contratos, mesmo sabendo que sua saída é certa.

Em outubro do ano passado, em meio às eleições, a diretoria prorrogou um contrato com a Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Paraná. Também suplementou outro com a Fundação Parque Tecnológico Itaipu (FPTI), que saltou de R$ 3.313.896,12 para R$ 5.397.120,20, com alteração de prazo de 24 para 32 meses.

No mesmo mês foi celebrado um convênio com o Governo do Paraná que envolvem obras na ponte sobre o rio Paraná, na fronteira com o Mato Grosso do Sul no valor de R$ 3.249.159,11, com prazo de 18 meses.

Em novembro, com Bolsonaro já derrotado nas urnas, foram feitos quatro aditamentos e fechados mais dois convênios: um para Implantação e Manutenção do Comando Regional de Operações Especializadas do Sul (COE-SUL), cujo valor é R$ 1.053.582,82 com ao FPTI; e outro com o Instituto Pedra, com investimento de 17.997.651,38 para restauração, adaptação e ampliação do Edifício das Cavalariças, no Palácio Itamaraty e dos acervos do MRE no Rio de Janeiro.

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Em dezembro do ano passado o volume de contratos foi maior. Ao todo houve 11 aditamentos, três acordos de cooperação técnica e nove assinaturas de convênios, dois deles com o Governo do Paraná.

Um para a reforma de 19 delegacias de Polícia Civil; da Divisão de Combate a Corrupção (DCCO); e da sede do Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFron), de Entre Rios do Oeste. Para isso o Ratinho Jr. (PSD) deve receber R$ 4.525.869,65 da Itaipu Binacional em 24 meses.

O outro prevê apoio financeiro de R$ 59.552.483,86 para o implantação do “Programa de Segurança Viária das Rodovias Estaduais”, via Departamento de Estradas e Rodagem (DER) no prazo de 28 meses.

A escolha de Lula

Todos os contratos deverão ser cumpridos pela nova diretoria da Binacional, cujo nome ainda é incerto. Por outro lado, quase consenso é que a pessoa seja alguém do Partido dos Trabalhadores ou ligada à cúpula do presidente Lula.

Na última semana diversos jornais de Foz do Iguaçu cravaram o nome do deputado federal Ênio Verri (PT) para a direção da Itaipu. O petista, cujo reduto político fica em Maringá, é e já foi presidente do partido no Paraná. A assessoria do parlamentar desconversou.

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Especula-se também o nome do ex-governador Roberto Requião (PT), que declinou ocupar posição de segundo escalão, mas segue cotado para a direção. Fala-se ainda em Jorge Samek, que concorreu às eleições como vice de Requião e já ocupou o cargo nos governos Dilma Rousseff e Temer.

Correndo por fora, interlocutores falam em Arilson Chiorato (PT), deputado estadual, e ex-coordenador da campanha de Lula no Estado.

A preferência é para que um paranaense ocupe o posto e a delonga na escolha pode justamente ter relação com os deputados, que precisam ser empossados e pedir licença posteriormente.

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