Eleições deste ano podem ‘mudar a cara’ da Câmara de Curitiba

Suplentes esperam assumir vagas de vereadores que concorrem aos cargos de deputado estadual e federal

Embora não haja votação para vereadores este ano a composição da Câmara Municipal de Curitiba pode mudar a partir do ano que vem. Isso porque 17 vereadores tentam uma vaga na Assembleia Legislativa ou na Câmara Federal e, se eleitos, abrem espaço para que suplentes assumam as suas cadeiras.

Entre os que disputam as eleições deste ano estão:  Ana Júlia (PT), Carol Dartora (PT), Denian Couto (Podemos), Eder Borges (PP), Flavia Francischini (União Brasil), Herivelto Oliveira (Cidadania), Jornalista Márcio Barros (PSD), Marcos Vieira (PDT), Maria Letícia (PV), Noemia Rocha (MDB), Pastor Marciano Alves (Solidariedade), Pier Petruzziello (PP), Professor Euler (MDB), Professora Josete (PT), Sargento Tânia Guerreiro (União Brasil) e Tico Kuzma (Pros). Além disso, também há Renato Freitas (PT) e Rodrigo Marcial (Novo), que assumiu a vaga há pouco tempo, após Indiara Barbosa (Novo) entrar em licença.

“Todos os partidos indicados [dos vereadores que concorrem às eleições] devem ter cadeiras na Assembleia Legislativa do Paraná. Talvez com mais dificuldade o Novo e o Podemos. Mas todos os outros em relação às coligações, todos têm condições de chegar lá. Mas individualmente vai depender da estrutura de campanha. Recentemente saiu uma pesquisa do Datafolha indicando que 70% do eleitorado ainda não sabe para quem vai votar para deputado. Então estamos passando por uma eleição muito polarizada para a presidência da República e as pessoas estão esquecendo dos outros cargos”, explica o cientista social Tiago Valenciano.

Polarização

De acordo com o cientista social Arilton Freres, do Instituto Opinião, candidatos que estão mais alinhados com a polarização política tendem a conquistar mais votos. Já aqueles que estão em partidos ou coligações mais ‘neutras’ devem ter mais dificuldade para fazer votos.

Renato Freitas, por exemplo, deve atrair muitos eleitores por conta da exposição. “Ele apareceu muito na mídia e pode ter boa votação”, explica. Outra candidata que se destaca nas redes sociais é a petista Carol Dartora.

No lado oposto, Eder Borges tem aproveitado o caso Renato Freitas para conquistar o voto mais conservador, bem como Flavia Francischini, tida como ‘herdeira’ dos votos do marido cassado, Fernando Franscichini.

Pier com boa relação com Rafael Greca (PSD), segundo o cientista político, tem boas chances de angariar votos. Noemia Rocha e Professor Euler, por sua vez, têm boa base de eleitores em Curitiba, apesar de estarem fora da polarização.

Eleição municipal

A provável eleição de alguns dos vereadores para mandatos de deputados também pode criar um novo cenário para as eleições municipais de 2024. Apesar de as suplências serem dos partidos, uma eventual nova configuração pode mudar as bandeiras e prioridades na Casa.

“Para essa eleição de fim de ciclo do Greca é um novo cenário. Fala-se numa eventual candidatura do vice-prefeito Eduardo Pimentel (PSD), mas o Eduardo não é o Greca, então quem estiver na Câmara neste momento pode influenciar”, salienta Freres.

Quem assume?

Caso sejam eleitos os vereadores deixarão a Câmara e assumirão os novos mandatos a partir de 2023. Este movimento puxa os suplentes – alguns deles podem ocupar cargos públicos pela primeira vez.

Veja, por partido, a lista de suplentes:

PDT – Diogo Bussi, Roberta Cibin, Flavia Sotto Maior

PROS – Fernando da Padaria

PT – Angelo Vanhoni, Geórgia Prates

Podemos – Bruno Pessuti

PP – Alborguetti Neto, Luciano Carvalho

União Brasil – Rodrigo Reis, Cassiano Caron (vereadores foram eleitos pelo PSL)

Cidadania – Narciso Doro

PSD – Mestre Pop, Rogério Campos

PV – Paulo Salamuni

MDB – Professor Silberto, Chicarelli Cir Dentista

Novo – Monroe Olsen (Rodrigo Marcial, primeiro suplente, já assumiu no lugar de Indiara Barbosa)

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