Com três anos de atraso, Câmara vota projeto de quarentena de servidores em Curitiba

Proposta foi elaborada depois que Plural denunciou contrato da Prefeitura com empresa ligada à ex-esposa de secretário de Greca

Com três anos de atraso, a Câmara de Curitiba vota na próxima segunda (6) um projeto que amplia de 90 para 180 dias a quarentena de ex-servidores públicos do município. Nesse período eles não poderão ser proprietários ou assumir cargo de diretor, controlador ou integrar conselho de empresa que faça qualquer contrato com o Município.

O projeto, assinado coletivamente pelos 38 vereadores da cidade, teve origem em uma denúncia feita pelo Plural e que acabou levando à perda do cargo pelo então chefe de Gabinete do prefeito Rafael Greca (PSD), João Alfredo Costa. Uma empresa ligada à ex-esposa do secretário prestava serviços para a prefeitura, alugando ambulâncias para o ICS e para o Edifício Delta, uma das unidades da Prefeitura.

O contrato havia sido assinado com a empresa antes de Greca voltar à Prefeitura, em 2017, mas chegou a ser renovado pelo prefeito já com João Alfredo no primeiro escalão municipal. “Seria interessante que qualquer prefeito, daqui para a frente, não precisasse passar por um constrangimento deste tipo”, disse Euler sobre a exoneração João Alfredo Costa Filho da chefia de gabinete de Rafael Greca, quando o projeto de lei começou a ser discutido.

O projeto que será votado na semana que vem também inclui “cônjuges, companheiros e parentes em linha reta colateral ou por afinidade até o terceiro grau” na quarentena, adequando a redação à jurisprudência sobre o tema. O texto chega só agora ao plenário depois de aprovado na Comissão Especial de Alteração da Lei Orgânica do Município no último dia 28 de fevereiro.

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