AGU pede bloqueio de bens de 13 paranaenses por financiamento de ato golpista

Dez CPFs e 3 CNPJs do Paraná estão em lista da AGU relacionada a financiamento de ataques em Brasília no último domingo

Dez paranaenses e três empresas do Paraná aparecem na lista da Advocacia-Geral da União (AGU) que relaciona nomes ligados ao financiamento do ato golpista em Brasília, no último domingo (8).

O documento foi encaminhado à Justiça Federal do Distrito Federal. Em medida cautelar, a AGU pediu o bloqueio de R$ 6,5 milhões em bens de 52 pessoas e sete empresas que financiaram o fretamento de ônibus para os atos golpistas. Os ataques, considerados os mais graves desde a redemocratização, resultaram na destruição dos prédios públicos na Praça dos Três Poderes.

Na lista, estão nomes de paranaenses.

Entre empresas e entidades do estado, foram apontados o Sindicato Rural de Castro; RV da Silva Serviços Florestais, em Piraí do Sul; e a Associação Direita Cornélio Procópio. Em nenhum dos estabelecimentos as ligações do Plural foram atendidas.

Pessoas físicas também aparecem no documento (veja abaixo quem são). A reportagem apurou que já houve contato da Polícia Federal com os envolvidos. Antes da lista se tornar pública, eles foram procurados pelos agentes.

Segundo a AGU, o montante bloqueado será destinado ao reparo dos danos causados pela depredação de patrimônio público, caso haja condenação. Os ataques destruíram ambientes nas sedes da Presidência da República, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF). O Plenário da Corte teve cadeiras e móveis arrancados e foi praticamente minado. Obras de arte nos três prédios foram vandalizadas – algumas até roubadas. Somente na Câmara dos Deputados e no Senado, o prejuízo estimado foi de pelo menos R$ 7 milhões.

A AGU não descarta aumentar o valor a dos bloqueios em bens na medida em que a contabilização dos prejuízos, que ainda não foi concluída, avance.

Investigados por financiamento de ato golpista

Vanderson Alves Nunes, de Francisco Beltrão – Até o momento, a reportagem não conseguiu os contatos do citado.

Stefanus Alexssandro Franca Nogueira, de Ponta Grossa – Até o momento, não foi possível contato por nenhum dos telefones obtidos pela reportagem em nome da citado.

Ruti Machado da Silva, de Nova Londrina * – Nega qualquer envolvimento. Segundo a citada, a responsabilidade pela caravana foi do genro. Ele é quem teria colocado o nome de Ruti Machado da Silva na nota fiscal de contratação do ônibus fretado. O genro e o filho da citada participaram dos atos. Ela afirmou não ter ido para Brasília e acrescentou que todos os esclarecimentos já foram prestados à Polícia Federal em depoimentos nesta quarta (11) e quinta-feira (12).

Pedro Luis Kurunczi, de Londrina – A reportagem foi atendida pelo escritório de advocacia Barroso e Barroso, de Londrina, um dos telefones relacionados ao nome do citado. A secretária não esclareceu qual a relação de Pedro Luis Kurunczi com a empresa, mas afirmou que encaminharia a ele o pedido de contato. O Plural aguarda o retorno e atualizará o material assim que acionado.

Marcelo Panho, de Foz do Iguaçu – Até o momento, a reportagem não conseguiu os contatos do citado.

Leomar Schinemann, de Guarapuava – Até o momento, não foi possível contato por nenhum dos telefones obtidos pela reportagem em nome da citado.

Adriano Luis Cansi, de Cascavel – A reportagem conseguiu contato nesta sexta-feira (13). Por telefone, ele negou as acusações e disse que as depredações foram provocadas pelo PT (Partido dos Trabalhadores). O Plural se colocou à disposição para mais esclarecimentos, caso julgue necessário.

Jose Roberto Bacarin, de Cianorte – nega envolvimento. O Plural se colocou à disposição para mais esclarecimentos, caso julgue necessário.

Adriane De Casia Schmatz Hagemann, de Realeza – Até o momento, não foi possível contato por nenhum dos telefones obtidos pela reportagem em nome da citada.

Ademir Luis Graeff, de Missal – nega que tenha qualquer envolvimento. Afirma que não soube de nenhum ônibus que saiu de Missal e que não tem qualquer relação com financiamento dos atos.

*A reportagem errou ao identificar Ruti Machado da Silva como sendo de Londrina. O correto é Nova Londrina

Sobre o/a autor/a

17 comentários em “AGU pede bloqueio de bens de 13 paranaenses por financiamento de ato golpista”

  1. concordo total e completamente com o José Ribeiro Jr quando diz:
    um raro exemplo de Jornalismo na imprensa do Paraná.
    Parabéns Angieli!!!
    Parabéns Plural!!!
    Parabéns Presidente Lula!!!
    Coragem e sucesso a todos que anseiam pela democracia e que “praticam” o RESPEITO
    Obrigada.

  2. Parabéns a justiça brasileira, assim que ela passa a cobrar dos detidos que causaram danos ao patrimônio público, poderiam também cobrar por danos que bandidos causam em suas vítimas,porque até onde eu sei o prejuízo fica só com a vítima, ex. o ladrão roubou um carro fugiu e bateu, ele vai preso mas não ressarce a vítima, é a vítima que tem que pagar pelos danos,mais uma vez parabéns a justiça brasileira.

  3. María José Nicandro

    Não é campo de concentração é um salão confortável com todos os cuidados, vocês merecem mesmo é campo de concentração? Não é por volta de Bolsonaro e sim por terem destruído os três poderes, e a nossa história. Vocês sabem,que foi Juscelino Kubitschek que construiu Tudo aquilo, Brasília!

  4. Rosa Maria Bonatto

    Agora que a “vaca” foi para o brejo ninguém sabe de nada, ninguém viu nada e tem raiva de quem sabe… são a fiel imagem e semelhança do seu “criador”. Usaram de forma absurdamente irresponsável idosos e crianças como escudo humano e depois acusam a “falta de direitos humanos” no tratamento, reclamam até do Wi-Fi (nunca soube de nenhum detido com permissão para livre acesso a telefone). Espero que aqueles que destruíram os prédios na Esplanada dos Ministérios, bem como aqueles que incendiaram veículos e depredaram Brasília no dia 12/12/2022, e todos os demais atos antidemocráticos tais como os bloqueios da estradas sejam devidamente punidos de acordo com a legislação vigente em nosso país, BASTA DE TERRORISMO!! O BRASIL QUER E MERECE VIVER SUA DEMOCRACIA EM PAZ!

  5. Que paguem segundo a lei. Financiar golpe deve ter punição exemplar. Que vão todos pra cadeia! Onde já se viu. Isso aqui é uma democracia. Aceitem o pleito. Aceitem a vontade da maioria e fim. Cadeia neles!

  6. Sou eleitor do PT desde que esse partido foi fundado. Nunca vi ou ouvi algo assim feito pelo povo do PT. Por isso apoio o bloqueio de todos os bens desses anarquistas, tanto dos que forneceu, como os que praticaram todo esse vandalismo. Chega de desordens.

  7. Cássio Roberto Crovador

    É sempre assim, agora ninguém fez nada, ninguém sabe de nada!!! Mas parabéns pela reportagem por expor os nomes, merecem sim pagar com o bolso, e criminalmente tudo o que fizeram, financiaram.

  8. Todas as pessoas tem direito ao contraditório. O que não pode ser admissível é o ato de vandalismo e terrorismo para justificar um fim. Todos os culpados devem pagar pelos donos físicos e históricos na democracia brasileira. Saber perder é faz parte da democracia.

  9. Emilio Edison Morvan

    No domingo houve o terrorismo, na segunda feira foram 1700 presos. Não deu uma semana e já sabem quem está financiando. Parabéns. Enfim estão investigando com uma agilidade nunca antes vista nesse país. Uma pena haver crianças e idosos entre os terroristas, presos no primeiro campo de concentração do Brasil. Mas enfim, estaremos pacificados.

  10. José Gil de Almeida

    Uma vez que os patriotários copiaram o golpe nos EUA, seria compreensível copiar também o desfecho: grande parte dos golpistas atrás das grades.

  11. Estas pessoas tem mesmo que pagar toda depredação que financiaram. Tomara que executem todos os seus bens para aprenderem a respeitar a democracia

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