Websérie curitibana “Mônica” faz caricatura da mulher de 40 anos

Nova temporada da série independente estreia quarta-feira, dia 24, com lançamento de três episódios e mudanças na equipe

Um evento fechado no Teatro Barracão Encena marca o lançamento da segunda temporada da websérie “Mônica”, uma produção curitibana independente que traz Mevelyn Gonçalves no papel principal de episódios curtos que usam humor para falar de mulheres que estão na casa dos 40 anos.

A primeira temporada, disponível no YouTube, tem 12 episódios centrados na personagem Mônica Fiorutti, herdeira de uma firma de contabilidade que, aos 42 anos, deseja se tornar blogueira após sair de um relacionamento de 25 anos devido a uma traição do marido. No roteiro, desenvolvido pela cineasta Jani Mendonça, a protagonista é uma espécie de caricatura das mágoas e angústias mais comuns às mulheres que carregam a bagagem (e a coragem) de marcar o box dos “40+”.

A ideia é boa, mas pena que Mônica acaba sendo muito fútil. Talvez pelas limitações de uma produção independente que caiu em receitas manjadas que tentam provocar o riso fácil ou porque a realidade da mulher de classe média alta saída das novelas de Manoel Carlos afasta a possibilidade de identificação. Só resta o riso frugal mesmo emoldurado por lugares comuns. Mas, levando em conta as dificuldades para se produzir audiovisual com recursos próprios e alguns apoios apenas, “Mônica” vale pela iniciativa – idealizada pela atriz que interpreta a protagonista ao lado de Juscelino Zílio, que também dirige a série.

Inspirações 

Mevelyn Gonçalves desempenha bem o papel da aspirante a influencer curitibana. Conforme contou ao Plural, o nome da personagem surgiu na pesquisa de Jani Mendonça: “Mônica é o nome da primeira contadora brasileira.” Sobre a inspiração para os roteiros, ela explica que não houve uma obra específica. “Como precisávamos falar de temas importantes para as mulheres, mas de forma leve e divertida, buscamos situações inusitadas em cada ambiente de cada episódio, seja na casa, no salão, no spa…”, diz.

Já nas questões estéticas, a atriz que interpreta Mônica fala que a série “Fleabag” mostrou como pode funcionar uma personagem que conversa com o espectador, falando diretamente para a câmera. Contudo, de maneira consciente ou não, a obra conversa muito com outras referências. A pegada de “Mônica” lembra a da série “Homens São de Marte… Na Terapia” (2017), com Mônica Martelli, e a trilha sonora tem um eco de “Greg News”, com um timbrezinho da série “Sex and the City”.

O que esperar de “Mônica”

Somando o número dos episódios da temporada inicial, a série curitibana teve mais de 50 mil visualizações. A nova temporada chega trazendo mais personagens em cena e também com alterações na equipe criativa, agora os roteiros são assinados pela dupla de idealizadores da série. A curiosidade é saber se as pontas soltas dos episódios anteriores serão resolvidas nesta segunda temporada. 

Serviço

Lançamento da segunda temporada da websérie “Mônica”. Quarta-feira, dia 24 de maio, em evento fechado no Teatro Barracão Encena, em seguida os três episódios iniciais da nova temporada poderão ser assistidos no canal da série no Youtube. Os espectadores também podem acompanhar o dia a dia da personagem em um perfil exclusivo no Instagram.

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