Seis filmes que são verdadeiros portais para Paris

Há cem anos o cinema se fascina com as imagens da capital francesa. E os espectadores também

Paris é uma cidade tão fascinante que os diretores de cinema jamais se cansam de filmar lá. A cidade foi pano de fundo e personagem de filmes clássicos e até hoje continua aparecendo em comédias, dramas e musicais. O Plural selecionou alguns filmes que te mostram melhor a cidade.

Meia-noite em Paris
O filme todo é uma declaração de amor por Paris, principalmente pela Paris do começo do século 20, efervescente de cultura, festas, dança e música. O personagem principal descobre que se estiver num determinado lugar consegue, sempre depois da meia-noite, viajar para a Paris de cem anos antes. Lá, conhece gente como Salvador Dalí, Gertrude Stein e Ernest Hemingway. Convive com uma mulher apaixonante, ouve Cole Porter cantar ao vivo e entra num carro com T.S. Eliot. Num momento de paixão pura pela cidade, o personagem de Owen Wilson diz que Paris, naquele momento, é o lugar mais empolgante do universo. O roteiro e a direção são de Woody Allen e o elenco é soberbo.

Ratatouille (2007)
Remy, o ratinho que é personagem principal dessa animação, é um apaixonado por Paris – principalmente pela gastronomia da cidade. Talentoso, faz de tudo para poder entrar num restaurante e se tornar cozinheiro. Acaba revolucionando um restaurante francês, ao trabalhar escondido debaixo do chapéu de um amigo humano desajeitado. Como todo desenho animado da Pixar, Ratatouille também tem uma mensagem. Nesse caso, a história fecha com um texto do crítico mais exigente e durão de Paris escrevendo que seria impossível prever que um chef de origens tão humildes seria o melhor cozinheiro da França.

Paris eu te amo (2006)
Uma série de 22 histórias sobre a cidade contadas por roteiristas e diretores diferentes (entre eles, Alfonso Cuarón, os irmãos Coen, Walter Salles e Daniela Thomas). Os fragmentos em geral duram cinco minutos e variam da comédia ao drama, falando sobre os mais diversos aspectos da cidade e sobre seus personagens. Walter Salles é responsável por um dos momentos mais humanos do filme, mostrando a história de uma mãe que deixa seu filho numa creche e percorre a cidade inteira até chegar na casa de outra mulher para cuidar do filho dela.

O fabuloso destino de Amélie Poulain (2001)
Um filme cheio de momentos felizes e que cativou uma geração. Audrey Tatou faz o papel de uma mulher que vive no bairro parisiense de Montmartre e que descobre um novo propósito para sua vida: fazer pequenos gestos que ajudem a tornar a vida das pessoas à sua volta mais felizes. Além da bela história, a trilha sonora e as imagens são um espetáculo à parte.

Os incompreendidos (1959)
Contar a vida de um moleque que vai para a escola e não suporta os professores, ou que volta para casa e não suporta a mãe e o padrasto, tudo isso enquanto tenta sobreviver à adolescência com a ajuda de amigos e de alguma malícia, pode parecer pouco. Nas mãos do diretor François Truffaut, que escreveu o roteiro baseado nas próprias experiências, rendeu um dos retratos da juventude mais encantadores que o cinema já produziu. A abertura do filme, com a câmera passeando por Paris ao som da trilha sonora de Georges Delerue, é absolutamente inesquecível.

Bicicletas de Belleville (2003)
Esta animação tem pouco a ver com o universo fofinho dos filmes da Pixar. Aqui os traços são feitos no muque e todos os personagens não precisam falar para se fazer entender. Eles resmungam, sibilam e rosnam – e há um trio de senhoras que cantam enquanto “pescam” sapos para a janta! A história fala de um jovem ciclista que treina para a Volta da França (a Copa do Mundo do ciclismo) com a ajuda da avó. Dado o favoritismo do garoto, uma gangue mal-encarada tenta sabotar a corrida. É um jeito diferente de ver Paris: por meio de um bairro fascinante e não tão turístico chamado Belleville.

Os sonhadores (2003)
Uma parte considerável do filme se passa dentro da casa dos pais de Theo (Louis Garrel) e Isabelle (Eva Green). Os dois jovens são cinéfilos e, em meio aos protestos para defender a Cinemateca Francesa de um governo obtuso, conhecem o americano Matthew (Michael Pitt). Os três se trancam em casa, falam de cinema e de amor. Embora passeie pouco por Paris, o filme de Bernardo Bertolucci consegue dar uma ideia da atmosfera da cidade de um jeito bastante sedutor, usando inclusive fragmentos de clássicos do cinema feitos na capital francesa. Uma experiência.

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