“O professor substituto” mistura suspense com mensagem ecológica

Em cartaz, e de graça, no Festival Varilux de Cinema Francês, filme fala sobre um grupo de alunos muito inteligentes que agem de maneira estranha

“O professor substituto” é um suspense inusitado sobre um homem que assume uma turma de estudantes especiais porque seu antecessor está em coma no hospital – um dia, sem nenhum motivo óbvio, o professor pulou da janela da sala de aula, durante uma prova.

Em cartaz no Festival Varilux de Cinema Francês, o suspense de 2018 é inusitado porque vem com uma mensagem ecológica e, por mais estranha que pareça a mistura, ela dá certo.

Os estudantes são considerados especiais porque, em algum momento da pré-escola, fizeram uma espécie de teste de QI e tiveram um desempenho fora do comum. Foi quando a escola decidiu separar os estudantes geniais em uma sala exclusiva. O efeito disso é que os alunos especiais são também arrogantes e outros estudantes odeiam o grupo a ponto de partir para ignorância.

Pierre, o professor substituto, é interpretado por Laurent Lafitte. Quando o nome do ator aparece nos créditos, ele vem acompanhado do aviso: “de la Comédie Française”. Isso significa que Lafitte é integrante da Comédie Française, um grupo de teatro importante da França, mantido pelo Estado.

Como não é qualquer ator que faz parte da trupe, e os atores da trupe não vão sair por aí fazendo qualquer tipo de filme, a indicação conta pontos para o filme (que é uma exigência feita pela Comédie Française toda vez que um integrante atua em projetos que não sejam os da própria companhia).

A tensão em “O professor substituto” está toda na atuação de Laurent Lafitte. De início, ele é pego de surpresa quando uma aluna, que age como porta-voz da turma, pergunta: “Você acha que está à altura do trabalho?”, sugerindo que talvez ele não seja um professor assim tão bom.

Pierre começa a desconfiar de um grupo de seis alunos e a imaginar coisas. Esses adolescentes parecem admirar o professor que tentou se matar e não se misturam nem com seus colegas geniais. São uma exceção dentro da exceção.

Um dia, o professor substituto flagra o grupinho em atividades estranhas – como obrigar uma colega a cair na piscina com o corpo envolvido por plástico filme. A reação dos alunos ao serem descobertos é ainda mais arrogante e agressiva. Um pesadelo.

A mensagem ecológica aparece mais para o fim, remete a desastres nucleares e é usada para explicar o comportamento dos adolescentes excêntricos. E o filme, que parecia estranho no começo, fica ainda mais estranho no fim.

Serviço

“O professor substituto” está em cartaz, de graça, no Festival Varilux de Cinema Francês, dentro do aplicativo Looke.

Veja como funciona o Looke e outras informações a respeito do Festival Varilux.

Leia sobre o filme “O poder de Diane” e sobre outros três dramas franceses em cartaz no festival, que vai até o dia 27 de agosto.

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