O fim de uma era na Rádio Educativa

Governo Ratinho faz demissão em massa da geração que transformou a rádio em referência cultural e desfigura grade de programação

Trabalhar na Rádio Educativa do Paraná sempre significou ter uma espada sobre a cabeça: há décadas existia a ameaça de que quase todos perderiam seus empregos porque a contratação seguia um modelo irregular. O erro, claro, não era dos trabalhadores, mas sim de algum burocrata do passado que decidiu pagar todos como se recebessem cachês, e não salários. De tempos em tempos, a cada vez que uma reunião era convocada, a cada vez que mudava o governo ou a diretoria da rádio, os funcionários sentiam o frio na espinha. Nem por isso deixavam de fazer a rádio de referência do estado na área da cultura.

A Educativa se transformou em um verdadeiro patrimônio da comunicação e da cultura ao formar uma grade que transmitia conteúdos inexistentes nas emissoras comerciais. Além de uma extensa programação de MPB, que mostrava não só os clássicos, mas também raridades e lançamentos, havia espaço para jazz, música clássica, músicas de diversas nacionalidades. Alguns programas se tornaram clássicos, como os do maestro Osvaldo Colarusso, os do compositor Harry Crowl, o Tempo de Jazz, de Osvaldo Hoffmann Filho, o Radiocaos e o Música Oculta, criado pelo lendário Jack Shadow.

Desde o mês passado, quase tudo isso ruiu. Depois da demissão do presidente da Educativa, Rui Façanário, o novo responsável pela rádio, Rudson Weber, pôs em funcionamento uma operação que acabou com boa parte do que havia sido construído a duras penas. Demissões em massa e mudanças na grade desfiguraram a Educativa muito além do que em qualquer outro momento da história da rádio.

Harry Crowl: compositor de fama internacional perdeu programas que fazia de graça para a rádio

O começo da mudança

O antigo presidente, Façanário, primeiro gestor da rádio e da tevê, já havia começado com as transformações. Especializado em programas sobre pesca, Façanário acabou com a programação da tevê e transformou a emissora na atual Paraná Turismo. Não se interessou sequer em manter o convênio com a TV Cultura, de São Paulo, que rescindiu com a tevê estatal e passou a ser retransmitida por um canal privado, de propriedade de Wilson Picler. Sobrou uma programação integralmente destinada ao turismo, com zero de cultura.

Na rádio, a grade de programação já sofria. Osvaldo Colarusso, o maestro responsável por três programas, que explicavam a história da música clássica e das óperas, foi dispensado. O Tempo de Jazz, um clássico da hora do rush, perdeu o horário nobre das 18h para um programa de música “mais animada” em que até mesmo a tradição da rádio de apresentar o nome do artista, da faixa e do compositor foi desrespeitada.

Parecia ruim. Mas ficou pior com a entrada de Rudson – um profissional que se aproximou de Ratinho Jr. (PSD) como locutor de seus comícios e depois foi comissionado no cerimonial do Palácio. Ao assumir, quase imediatamente ele iniciou as demissões. Locutores com décadas de casa como Betina Müller e Rogéria Holtz, praticamente todos os programadores, e até mesmo um dos coordenadores da rádio, Cyro Ridal, foram dispensados.

Procurados pelo Plural, os funcionários demitidos dizem que sabiam do risco, mas que ficaram chocados com o tratamento recebido. Além de saírem sem rescisão (pois em tese não eram funcionários), parecia que a história que eles construíram simplesmente não foi levada em conta. “Aquilo é um patrimônio. Aquela rádio não é minha, nem é do governador. Ela tem uma história e uma missão, mas esse pessoal não consegue entender isso”, diz um dos profissionais.

Ratinho Jr. inaugura o canal Paraná Turismo, que substituiu a TV Educativa. Foto:Jaelson Lucas / ANPr

Além dos funcionários, programas também deixaram de existir ou foram escanteados. O Radiocaos sumiu da programação, assim como o Música Oculta. O Tempo de Jazz, que já tinha mudado de horário, perdeu a locutora e passou a ser exibido apenas uma vez por semana. À meia-noite.

Em tese, os funcionários demitidos poderão ser substituídos por concursados. A EPR, uma estatal criada em parte para abastecer de pessoal a rádio e a tevê, fez um concurso que ainda pode ser aproveitado. Questionada pela reportagem, a Secretaria de Comunicação e Cultura respondeu que essa é uma hipótese.

“Buscam-se alternativas legais para as substituições dos profissionais, como a ampliação de contrato de gestão já existente com a EPR, que poderá aproveitar Teste Seletivo em vigência até dezembro de 2021, e contratação de empresa terceirizada para suprir necessidades técnicas, sem causar prejuízos a programação da emissora”, diz a resposta enviada ao jornal.

O que diz o governo

A Secretaria afirma que o secretário de Comunicação de Ratinho, João Debiasi, comandará uma transição na Educativa, que passou pela formação de um conselho. Sobre as demissões, a Secretaria diz que foram necessárias em função da irregularidade identificada pelo Tribunal de Contas do Estado.

“A situação precisa ser regularizada e isso será feito com responsabilidade e sem causar impacto na qualidade da programação da emissora. O processo de escolha dos profissionais que atuam na emissora por meio de “cachê” contém vícios de legalidade, e o atual governo busca a solução mais adequada tecnicamente e que gere eficiência e economicidade”, diz a resposta da Secretaria.

João Evaristo Debiasi. Foto: Arquivo pessoal

Sobre a preferência da nova gestão por encerrar programas que de fato tinham caráter educativo, ao apresentar música excluída da grade de emissores comerciais, como música erudita, jazz e world music, trocando tudo por música de caráter mais comercial, a Secretaria responde que “classificar uma obra musical de ´comercial´ é subjetivo”.

“A pluralidade cultural e artística é essencialmente brasileira. A função primordial de conteúdo cultural, educacional e artístico da Paraná Educativa FM está garantida. A emissora tem papel fundamental de apoio a classe artística paranaense na ‘retomada cultural’ pós pandemia. É nossa missão abrir cada vez mais espaço para ações de promoção da produção da música local.”

Sobre o/a autor/a

57 comentários em “O fim de uma era na Rádio Educativa”

  1. Jeremias P. Ramos

    Juliano, senti saudade da antiga rádio e tive a mesma ideia que vc. Eu não sabia da existência desses podcasts de antigos programas. Que preciosidade! Concordo plenamente contigo sobre a destruição cultural promovida pelo bando de ratos.
    Não entendo muito de tecnologia, mas não seria possível recuperar estes arquivos de programas antigos de alguma forma? Seria maravilhoso!

  2. Jeremias P. Ramos

    Que saudade da programação da Paraná Educativa. Triste fim!
    Programas como o RadioCaos e os do maestro Osvaldo Colarusso eram excelentes. É uma pena o que fizeram com a rádio!

  3. A rádio melhorou nada, Isabela Lima!! Foi uma desastre!!! Destruíram uma programação riquíssima e plural!! (Eu já escrevi uma extensa crítica lá no Facebook da rádio uns meses depois que ela acabou porquê, para mim foi isto: acabou, morreu! Eu não sou mais ouvinte da rádio!) “SUCESSO DE PÚBLICO” É CRITÉRIO PARA DEFINIR QUALIDADE DE UMA PROGRAMAÇÃO???? RECONHECIMENTO??? Que reconhecimento que se melhora reduzindo a qualidade audiovisual da rádio e da TV? (Nem vou aprofundar sobre a TV, que também parei de assistir.) “RECONHECIMENTO”????? No interesse de que, se a função da rádio pública é justamente NÃO SER comercial??? Rádio pública não deve se importar em “aumentar audiência” para justificar existência. Se a audiência está baixa, então melhore estratégias de divulgação, não estrague a programação de qualidade!!! Ter massas de público é o foco e o interesse de rádio comerciais, que precisam de ouvintes para se manter, para vender espaços de anúncios comerciais. No interesse de que precisava aumentar (supostamente aumentar) e deste jeito, a audiência da Educativa?? No interesse politiqueiro dos RATAZANAS??? Que porcaria de ideia é esta de achar que precisa rebaixar o nível para atrair público??? Nivelar por baixo??? É isto?? Para atrair “público jovem”??? O jovem se contenta com pouco??? Ou será que é para atrair ELEITORES jovens, talvez??? Vamos falar nos termos certos, né??? Ora, agora virou só “mais uma rádio” perdida no dial de mesmisces em Curitiba!!…..

    Não, tá, eu sei: tem música brasileira de sobra agora. Nada contra. Eu também gosto de MPB. Gosto, sim! Mas não gosto de ouvir só um tipo de coisa o dia todo. Não sou monotemático nos meus gostos. O grande diferencial da Educativa era a diversidade da grade de programação! Depois da “morte” da Educativa eu passei a ouvir (em alguns horários) a Rádio Cultura de SP. Para quem tem internet sem muitas restrições, felizmente, esta é uma possibilidade. Sim: a Cultura de SP também padece do defeito de ser quase monotemática: é muito focada em programação de música clássica. Ocupa quase toda a grade de programação deles. Também não suporto ouvir o dia todo música clássica, como já disse, gosto de variedade. Este era o grande trunfo que tinha a Educativa: eu cheguei a afirmar para amigos que a nossa Educativa era até melhor que a Cultura de SP justamente por ser variada!!!

    Se a questão era trazer artistas paranaenses, então que se criasse mais um programa naquela grade excelente que existia!!! Não era dificuldade, né?? Dependendo do horário que fosse ao ar, até eu iria prestigiar!! Não sou avesso à música popular!! Eu realmente sou diverso na amplitude dos meus gostos musicais!! E, querendo, sempre surgia espaço na grade!!! Não há desculpa para isto!! (E olha que eu poderia sugerir um nome para apresentador: Lídio Roberto, compositor paranaense da melhor qualidade, que já havia apresentado algo neste gênero na TV Educativa. Em escala local, bem que poderia ser o nosso equivalente ao Rolando Boldrin, o Senhor Brasil. É só uma ideia… poderia ter sido algo assim…. Não precisava destruir a rádio sob este pretexto ridículo de atender Tribunal de Contas… Quando um bem é feito, ainda que tecnicamente ilegal, a justiça sempre dá um jeito de acomodar. E a Educativa era um bem da melhor qualidade cultural! Haja visto este auxílio emergencial que está sendo dado às vésperas da eleição de 22: é totalmente ilegal do ponto de vista da legislação eleitoral, mas o STE não vai impedir porquê é uma necessidade, de fato, do povo brasileiro receber auxílio neste momento de crise. Quando a coisa é boa ou necessária, querendo, sempre se dá-se um jeito na justiça, mesmo sendo “tecnicamente ilegal”… bons juízes costumam ter sensibilidade ao pesar perdas e ganhos… e o ganho da Educativa era imensamente maior que tecnicalidades burocráticas dos apresentadores serem ou não concursados. Desculpa, esta tese estapafúrdia não cola comigo, não!…)

    Eu sei, eu sei: e discurso em torno da dita “alta” cultura sempre tem contornos elitistas. Mas e daí? A gente deve ganhar público rebaixando qualidade da rádio ou lutando para ganhar mais ouvintes, lutando para “converter adeptos” para o conteúdo mais elevado, sofisticado?? Devemos nos esforçar para elevar os critérios estéticos da população ou devemos rebaixar a qualidade do que é transmitido, apenas à pretexto de ampliar público ouvinte?? Não estou falando de um ponto de vista cheio de empáfias e vaidades elitistas de quem só consome bens “caros” – nem de que a MPB que agora preenche a grade é ruim, não se trata disto – mas este conteúdo sofisticado que existia na rádio era muito mais diversificado e nem por isto era caro ou inacessível de se ouvir à qualquer um que quisesse; tecnicamente, para qualquer ouvinte o único custo é o irrisório gasto de eletricidade de se ligar um aparelho de rádio. Em eletricidade, todos gastam o mesmo valor, seja ouvindo a Educativa ou as porcarias inomináveis da Rede Massa ou – pior ainda – da Jovem Pan…)

    Sim, eu ouvia diariamente o Tempo de Jazz no final das tardes. Ouvia ainda estando no trabalho (não no trânsito) porquê costumava sair mais tarde de onde eu trabalhava. Mas ouvia. Sou fã de jazz. Aprendi demais, conheci muitas coisas que não conhecia ouvindo os programas de jazz e afins que existiam: Tempo de Jazz, Cena Jazz, Instrumental e Tal, Música Para, etc.

    Descobri mais tarde que meu chefe ouvia também Tempo de Jazz no carro dele. É uma falácia que o programa não tinha audiência – tinha sim!! Pode não ter tido o ibope das rádios comerciais – porquê jazz é um gosto mais incomum ao brasileiro, reconheço – mas havia público, sim!

    Eu amava também: Música Oculta, Tangueria, Arte Nômade, Kolot (ainda que eu não entenda nada de idish), todos os programas de música clássica (incluindo os 2 de música erudita contemporânea do Harry Crow: Clássicos da Atualidade e Novos Sons Brasil). Sim, eu me esforçava para ouvir semanalmente tudo que estou citando aqui. Não os cito ao acaso. Preferia até, muitas vezes, ouvir rádio do que ver bobagens na TV à noite. Meu cardápio de gostos musicais é bem variado e, estimo, cerca de 80% dos artistas que eu sigo hoje pelo Spotify eu conheci e aprendi a gostar ouvido a rádio e tomando “nota” dos artistas que iam me agradando (felizmente, hoje também existe streaming de música para os órfãos da rádio ainda poderem ouvir o que de bom havia naquela programação). Acabei de ouvir a discografia completa da banda Azymuth no Spotify, que antes eu não conhecia, porquê uma das músicas desta banda era tema de abertura do Música Para e, me lembro, era uma das preferidas do locutor. Ele me instigou muitas curiosidades e me trouxe para ouvir coisas novas e excelentes. É assim que funcionava para mim: eu ia atrás das coisas – ia mesmo! Eu aprendi muitos gostos novos com a rádio!! Foi uma facada no meu coração terem acabado com tudo!!!…..

    E, sabe, eu não tenho relação de parentesco nem de amizade com ninguém que estava dentro da rádio!!! Nem com funcionários. Eu era só um ouvinte mesmo!!! (Apesar de que os ouvintes, muitas vezes, se consideram quase amigos dos locutores que acompanham diariamente… quisera eu fosse mesmo amigo de muitos deles, muitos que admirei por anos!!… Que papos eu adoraria ter com esta gente!!)

    Mas não li esta reportagem na época que foi escrita. Estou lendo esta notícia hoje, 14/08/22, cerca de um ano depois que o Galindo publicou (e esclareceu muito bem pontos que eu imaginava mas não sabia em detalhes). Sabe por quê só li hoje? Porquê agora é domingo à tarde e me bateu uma saudade enorme de um programa que eu adorava ouvir religiosamente às 16h dos domingos: exatamente o “Música Para” apresentada pelo Fernando Muraro. Foi por causa dele que descobri a maravilha que é a banda Azymuth. (O Mauricio Cruz do Cena Jazz, o Osvaldo Hoffman Filho, o José de Melo e outros produtores também me apresentaram à muitos novos artistas que me apaixonei!)

    Hoje simplesmente deu saudade e eu fui no site da Educativa procurar algum dos podcasts dos programas antigos para ouvir de novo. Sei lá, queria, na minha fantasia, ouvindo, recriar a impressão de que os programas ainda estavam no ar… MAS NÃO ENCONTREI!!!

    RETIRARAM do site TODOS OS PODCASTS daquele acervo maravilhoso que estava disponível até uns meses atrás!!!… ESTA É A PROVA DE QUE É SIM, UMA DESTRUIÇÃO DELIBERADA DA CULTURA!! DESTRUIÇÃO DE UMA VISÃO CULTURAL COSMOPOLITA, PLURAL QUE A RÁDIO FOMENTAVA!! Este é o legado de uma RATAZANA – filho de outra RATAZANA que tem um programa de GOSTOS GROTESCOS no SBT – a destruição da cultura!! Da diversidade cultural!! Se fosse mesmo só a questão legal com o Tribunal de Contas, não haveria razão para remover os podcasts daquele acervo maravilhoso…. Os programas estavam gravados, e já foram pagos, é conteúdo já produzido e ponto final, não gera custos. Ou vai me dizer que havia “custo” em manter arquivos digitais de áudio disponíveis para download na internet?? Não! Não há como defender isto… ESTÁ EM CURSO UMA DESTRUIÇÃO DA CULTURA neste país e o governador em exercício está alinhado com este sórdido propósito!!! Que ninguém se engane: é disto que se trata!!

    É uma lástima. Registro meu pesar pela falta que a boa programação da Educativa me faz – e faz à todo curitibano de espírito cosmopolita e ouvinte de boa música. Obrigado aos que produziram aquele momento maravilhoso da rádio. Torço por tempos melhores, quem sabe um dia…

  4. A reestruturação da rádio foi essencial para que ela tivesse um reconhecimento maior. O carro chefe da emissora agora são músicas totalmente brasileiras, dando um foco em artistas paranaenses que nunca sequer tinham se ouvido em uma rádio. Os relatos deles são emocionantes.
    A audiência antes das mudanças feitas pelo Rudson eram muito menores do que são hoje. O Tempo do Jazz chegava a ter ZERO de audiência em alguns dias, e hoje a programação da tarde é o maior sucesso de público.
    A antiga rádio era um monopólio de um grupo pequeno de pessoas que só souberam tacar hate na nova programação, que agora consegue atingir jovens e um público novo.
    A grande maioria das pessoas que brigam eram amigas íntimas das pessoas que foram demitidas, mas só quem estava dentro da rádio (o que é o meu caso) sabe o quão lamentável que estavam as nossas situações.
    A reestruturação só veio para melhorar, e melhorou muito! Tanto de audiência, quanto de qualidade

  5. Juçara Maleoni De Oliveira

    Uma rádio que trazia programas e artistas fora do foco comercial e de extrema qualidade. A diversidade cultural preservada em outros tempos hj não encontro mais na programação atual. Realmente, aquela vinheta é de péssimo gosto. Muito triste ouvir eu prefiro desligar o rádio.

  6. Jose Carlos Fadel

    E não para de piorar: agora mudaram os nomes dos programas. Pérolas de nomes como “Brasil de todos os cantos” agora passou para “Manhã Educativa”. Sem contar as vinhetas de extremo mau gosto: só falta acrescentar ao final “rede Massa”. É muito triste. Mas fica uma sugestão ao prefeito que crie uma rádio “Curitiba” e arregimente todo esse pessoal que foi dispensado para voltarmos a ter novamente uma rádio que valorize a cultura.

  7. Primeiro foram desmontando os bons programas.
    Foram achando que fariam bom pagode.
    Como o menos assistido e ate nos mesmos, classe média ignorante, vai achar fontes de verdadeira informação?
    Discoteca riquíssima.
    Tente achar Arnaldo Estrela, pianista no spotfy ou qqer outro lugar.

  8. Mariza Guerra Simone Domit .

    A única rádio que podia ser ouvida de músicas de boa qualidade era a Educativa.Depois de inúmeros governos que respeitaram,vem o Ratinho e destrói a rádio que é de propriedade do povo Paranaense. ELE tornou a rádio insuportável de se ouvir,cheia de vinhetas pra lá de brega.SOCORRO.
    Queremos a nossa rádio de volta Mariza Guerra Simone Domit maydomit Domit

  9. Que tristeza! Anos de programação de altíssima qualidade pra acabar desse jeito. Triste saber q eles não se importam, pelo contrário, querem destruir pq cultura, diversidade e conhecimento incomodam! Me sinto impotente e deprimida…

  10. O que se dizer de toda essa situação. Lamentável. Ridícula. Absurda. Triste. Revoltante.
    Ouço a rádio há muitos anos, todos os dias.
    Comparada com as rádios comerciais, a Educativa está em outro patamar, com a sua programação, seus produtores, locutores e todos que fazem o dia-a-dia da rádio.
    Que saudades do Chiclete com Banana, com o saudoso Sérgio Silva; do Tempo de Jazz, com a Betina, dentre outros tantos.
    Só nos resta aguardar e ter que ouvir a “maravilhosa” programação da rádio Massa.
    Tempos obscuros e inacreditáveis.

  11. Lástima, mas o povo assim o quis, elegeram ratazana, bolsolixo, logo não teremos mas oficina de música, festival de teatro… Etccc e tal, afinal educação e cultura não é para esse governo estadual e federal… E tem quem os sustenta não é? VERGONHA, CANALHAS.

  12. Fui funcionários da TVEducativa e tive o prazer em trabalhar gratuitamente em um programa sobre ufologia na Rádio Educativa por muitos anos. Lamento ver o caso de desdém com a rádio, que não é de hoje. Uma lástima.

  13. CARLOS Corassadi Butt

    Como tudo que prima pela qualidade e cultura neste país, é destruído, para dar lugar a porcarias sem qualidade alguma. A Rádio Educativa é um patrimônio do povo, não é do Ratazana Filho. É um março cultural de qualidade, que valoriza o pais e sua música, a música boa. Chega um qualquer e bota tudo a perder. Políticos malditos, inimigos do povo e do Brasil. Tudo para obedecer a interésses estrangeiros , de destruir nosso país para depois levarem embora nossas riquezas, inclusive nossos impostos.

  14. Rosangela Albini

    Resumindo, é uma PQP. O desmonte que está acontecendo no Brasil, por parte do governo federal, e claro, por parte dos governadores e prefeitos que apoiam este governo. Absurdo!!!

  15. Muito triste o destino dado a ex melhor rádio pública do Brasil. Orgulho dos paranaenses e não paranaenses. Esta turma está desmontando tudo. Até quando, meu Deus?

  16. O rato menor come tudo no quietinho, come a copel Telecom, come a cultura, vai roendo. Uma motosserra corta em minutos uma árvore centenária

  17. Destruição de algo muito, mas MUITO especial e importante; a Radio Educativa foi e deve continuar sendo uma referência tanto para quem ama música como para quem nem ao menos sabe o q é um “oud”. Parabéns pela necessária matéria. Mesmo morrendo a Rádio Educativa deixou algo que ninguém nem nada retiram: memória e sentimentos.

  18. Infelizmente o TCE está querendo mostrar serviço em cima da desgraça alheia, está pouco se lixando se quem trabalhava lá ficou desamparado ou não, o atual secretário assim como seus antecessores nada fez e nada fará para salvar a RTVE de uma total desfiguração. O processo seletivo da e-parana foi uma piada, extremamente mal feito, diversas funções fundamentais dentro da emissora nem sequer foram lembradas no processo e as que foram lembradas em sua maioria contam com uma remuneração que mais parecem uma piada de mau-gosto. A emissora tinha à sua disposição excelentes profissionais que em sua maioria diferentemente de quem promoveu essa sangria, não tinham costas quentes, estavam lá porque eram competentes e não porque eram conchavos políticos. O conselheiro que está promovendo isso com certeza irá colher os frutos, a vida há de lhe pagar com juros e correção o desfavor que fez aos profissionais, à emissora e aos telespectadores.

  19. Dentre as muitas facetas do fascismo, uma, e talvez, a maior delas seja o ressentimento com aqueles que cultivam o conhecimento, a cultura e a preservação da história. O esfacelamento da Rádio Educativa é um passo para que ali adiante se comece a queimar livros em praça pública. Vivemos um momento obscuro de celebração da ignorância. Elegemos celebridades saídas de um esgoto aberto nos últimos cinco anos. Ao sucateamento da Educativa se junta o incêndio no Museu Nacional, na Cinemateca de São Paulo e outros. O pensamento que rege os apedeutas que ora conduzem as instituições de governo é o de que se não entendo a obra – não vou procurar entender – mas, sim, destrui-la. Perdemos, e muito. Quero ser otimista, mas creio que muito em breve estaremos ouvindo ( aqueles que suportarem), os mais variados representantes do que pior se produziu em música no Brasil, desde que Cabral aportou por aqui: o tal do sertanejo universitário, esse cãncer que faz uma metástase por todo o país, patrocinado pelos grandes conglomerados da mídia. Desde já estou me sentindo meio órfão. Como disse, certa feita, Oto Lara Rezende: “Era previsível; só não precisava ser IRREPARÁVEL”.

  20. Um crime contra o nosso patrimônio cultural! Ouço a rádio diariamente dede 1977, quando ainda se chamava Rádio Estadual. Quantos produtores, locutores, músicos, todos da melhor qualidade, desfilaram no prefixo! Alguns já falecidos, infelizmente, como o Sergio Silva e o Sílvio de Tarso, inesquecíveis.
    E agora os medíocres matam também esta grande rádio! Eles odeiam cultura e conhecimento.
    Que tempos bicudos!

  21. Absurdo total, praticamente acabou a grade de música clássica, música contemporânea extinta,tanto nacional quanto mundial. O nome era Educativa, agora é chapa branca com marketing político e queda na qualidade em geral.
    Ainda tem a melhor programação, mas a distância com a mediocridade da rádio está bem menor. Com esforço eles vão conseguir.

  22. É triste… Esse desmonte já vinha sorrateiro há algum tempo. E essa questão com o Tribunal de Contas se arrasta há muitos anos.

    Claro que Ratinho se aproveitou da situação pra fazer da rádio porta-voz do governo estadual, que é totalmente alinhado com o governo federal.

    Sinto muitíssimo pelos profissionais que foram descartados sem respeito algum. Isso já é de lascar em tempos normais. Agora é desumano.

    Não me espanto com mais nada. Só me entristeço profundamente…

    Obrigada pela matéria, Rogério Galindo. É o que nos resta fazer: botar a boca no trombone.

  23. Manoel de Andrade

    Que tristeza. Um genocídio cultural. Me restou muito pouco. Quase nada para sintonizar a Rádio Educativa. Espero que também não acabem com o “CHORO VIVO” e as “VENAS ABIERTAS”.

  24. Não me alegra a situação das pessoas demitidas. Lamento, sinceramente, os desligamentos de tais talentos. Porém, é muito importante ressaltar que TODOS tiveram o direito de realizar o Teste seletivo de 2017, pois, não consta no edital que veteranos não poderiam concorrer aos (futuros) cargos regularizados. Por favor, Galindo, adicione essa informação ao contexto.
    Agradeço pela atenção.
    Obs: aos que afirmam pela legalidade dos cachês, que pesquisem sobres as multas e mais multas atribuídas aos ex-diretores/presidentes da estação e emissoras educativas. Sem contar a falta das licitações.

    1. Concurso sem Pré-requisito para algumas funções em Rádio…!!!
      Então…eu mesmo…tive que aprovar (por pressão) Mestre de Cerimônias…achando que era locutor!!!
      Por favor…não fale besteira!!!

  25. Não podem convocar locutores do concurso porque os 7 aprovados já foram chamados. Ou seja, não tem como substituir os talentos perdidos. Talvez o próprio Rudson realize o sonho de falar nos microfones da Educativa.

  26. Sérgio Ubiratã

    Precisamos aprender com esse episódio.
    O que significa uma rádio e/ou tv pública e o grau de importância, valorização e comprometimento que devemos dedicar a elas. No meu ponto de vista a Educativa não cumpria o papel de emisora pública há muito tempo, até mesmo nunca o foi. Sobre a razoabilidade do fechamento, não é primazia desse desgoverno e nem do anterior, outros gestores ditos progressistas também possuem sua parcela de culpa. Em resumo precisamos aprender a construir a radio e TV públicas observando as boas experiências no país e cito duas aquu: radio Frei Caneca da fundação de Cultura Cidade do Recife e a Rádio Universitária e a Paulo Freire da UFPE. Ouçam e compreenderam o que digo.
    Reafirmando que sempre é tempo de resistir e avançar.

    1. Sérgio Ubiratã

      Precisamos aprender com esse episódio.
      O que significa uma rádio e/ou tv pública e o grau de importância, valorização e comprometimento que devemos dedicar a elas. No meu ponto de vista a Educativa não cumpria o papel de emisora pública há muito tempo, até mesmo nunca o foi. Sobre a razoabilidade do fechamento, não é primazia desse desgoverno e nem do anterior, outros gestores ditos progressistas também possuem sua parcela de culpa. Em resumo precisamos aprender a construir a radio e TV públicas observando as boas experiências no país e cito duas aquu: radio Frei Caneca da fundação de Cultura Cidade do Recife e a Rádio Universitária e a Paulo Freire da UFPE. Ouçam e compreenderão o que digo.
      Reafirmando que sempre é tempo de resistir e avançar.

  27. Dinovaldo Gilioli

    Qualquer espaço que promova e estimule a ação cultural diversa deve ser preservada e, mais do que isso, valorizada. O que se percebe no atual governo é o descaso com a cultura e a ignorância, (ou preconceito mesmo), do quanto essa área pode contribuir socialmente e economicamente para o município, estado ou país.

  28. Parabéns ao Plural pela matéria porque a Rádio Educativa sempre foi motivo de orgulho para quem aprecia a boa música e a formação de repertório cultural. É lamentável o que este (des)governo faz contra a sua gente. Este golpe contra a cultura não pode ser esquecido.

  29. Rosy Greca de Oliveira Carneiro

    Mais um passo rumo à mediocridade cultural que reina em nosso após! Uma verdadeira afronta aos artistas paranaenses. Faz parte do plano desse governo federal, o completo desmonte de nossas instituições artósticas e culturais! Haveremos de dizer NÃO a essa barbárie nas próximas eleições.

  30. E agora? Onde posso ouvir a Betina Müller,
    a Rogéria Holtz, o pessoal do tempos de jazz e o radiocaos? Era uma das melhores rádios do Brasil! Trágico! Ainda mais para uma cidade com descendentes de uma Alemanha que tem rádios estatais maravilhosas, como a WDR, que tem estúdios de rádio-novelas, salas de concerto e orquestras!

    1. Ainda sobre FMs em Curitiba, não entendo o mau gosto da programação da UniFM, uma rádio ligada a uma instituição federal de ensino superior

  31. Que absurdo o desmonte da Radio Educativa!
    Ela é um patrimônio cultural do Paraná e do Brasil. Uma ilha de cultura em um mar de mediocridade.
    Temos que ir para frente da Rádio e TV e dizer o que queremos: Continua Radio Educativa! Continua equipe de programadores profissionais da comunicação. Se o problema era burocrático é só buscar alternativa legal.
    Vamos lá. Fica Educativa Fica! Tuas ondas são nossas e nos embalam de forma mágica todo santo dia!!

  32. Essa história do cache ilegal é história do Fabio Camargo. Esse tema já foi pacificado pelo plenário do Tribunal de Contas, desde que o programa tenha um projeto, determinado no conteúdo e no tempo, como funcionam as montagens do teatro Guaíra e não pode evolver atividades fins, como pessoal técnico e administrativo. Apresentadores, pesquisadores e produtores podem ser remunerados por cachê dentro de cada projeto. Implantei esse sistema quando coloquei no ar a Rádio FM e a TV, cujo programação vem da minha época. Apenas mudaram alguns nomes de programa. Agora se estão utilizando o sistema de Cachê para contratar amantes, parentes e apaniguados é outra história. Mas o cachê para projetos artísticos é leal e o TC já julgou isso.

  33. A política cultural nesta gestão, super alinhada ao governo federal, se disfarça de preocupada com a pasta, mas está apenas como mera prerrogativa: existe, pois tem que ter alguma coisa… Não existe sequer uma secretaria estruturada e, todos os canais de comunicação foram sucateados: imprensa oficial, rádio, tv… O que interessa é apenas agronegócio e compliance. Daqui alguns anos, o turismo, pilar desse governo (governo?) será apenas visitar campos de soja, ouvir sertanejo universitário do alto das grandes caminhonetes e reviver um paranismo às avessas: ainda racista, mas totalmente antiparaná. Desolador.

    1. Tristíssima com a notícia, Betina! Você é um ícone da radio, e faz muita falta para os ouvintes!

      Canalhas! 2022 esta chegando!

    2. Bárbara Villa Verde Revelles Pereira

      Obrigada você, Betina, pela companhia durante todos anos… Eu sempre imaginei que um dia ia ouvir a sua voz em uma padaria qualquer…

  34. Ratinho é um político medíocre. Depois de acabar com a TV Educativa, dá um tiro de misericórdia na Rádio Educativa. A rádio manteve uma programação excelente por várias décadas, em diversos governos.
    Este tempo de obscurantismo tem que passar.

  35. Seguindo o roteiro federal, a cultura em nosso Estado será ‘aniquilada”, pois representa na ótica deturpada e conservadora, valores não condizentes com a ordem vigente, do tipo – família, religião e propriedade! Para essa turma, o sertanejo universitário (seja lá o que isso signifique) será o carro chefe da programação!! Tempos obscuros!!

    1. Márcia carpanezzi

      Será que nós, ouvintes que amamos essa rádio não.podemos.fazer nada? Nos manifestar de alguma forma? Interferir? Evitar? Pois O governo faz, alguém grita e desfaz

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