No livro “Animalidades: zooliteratura e os limites do humano”, Maria Esther Maciel faz reflexões sobre a questão dos animais no pensamento ocidental. “Detenho-me nas subjetividades não humanas no âmbito da filosofia, da etologia – ramo da zoologia voltado para pesquisas sobre comportamento animal – e da literatura, entre outras áreas do conhecimento”, explica a autora.
Muitos escritores, na história da literatura, exploraram a ideia de atribuir emoções e pensamentos aos animais. Como quase tudo que diz respeito à civilização ocidental, isso também remete à Grécia Antiga. Já na “Odisseia”, de Homero, surge um cão chamado Argos que reconhece Ulisses depois de um intervalo de 20 anos, e morre pouco depois disso. Entre os exemplos mais recentes, pode-se citar John Berger e Yoko Tawada.
Em “Animalidades”, Maria Esther Maciel percorre a obra de autores como Clarice Lispector, Hilda Hilst e Carlos Drummond de Andrade, a fim de analisar obras que se apresentam como histórias de vida ou relatos memorialísticos de animais. E a última parte do livro fala também da literatura brasileira contemporânea.
Maria Esther Maciel é pesquisadora e professora titular de Literatura da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Doutora em Literatura Comparada também pela UFMG, é autora de “O livro dos nomes” (Companhia das Letras, 2008) e “Pequena enciclopédia de seres comuns” (Todavia, 2021). Foi finalista dos prêmios Jabuti, São Paulo de Literatura e Oceanos.
Livro
“Animalidades: zooliteratura e os limites do humano”, de Maria Esther Maciel. Instante, 176 páginas, R$ 69,90. Crítica literária.
… enquanto isso… aqui… no Brasil…
Por outro lado, aqui no Brasil um Mula ladro na presidência nos roubando direto com impostos embusteiros. Ajudado pelo STF.
Nada semelhante a gloriosa Tailândia.
E agora a livre Argentina!
“Somente 2 coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana — sobretudo a burrice PeTista, e eu não estou muito seguro no primeiro caso. Do segundo é notório e fato.”