Frida Isberg constrói prosa espirituosa e irônica em “A marcação”

Romance questiona o uso da tecnologia e acompanha as experiências de moradores da capital islandesa que, na história, foi dividida por um muro de acrílico

“A Marcação”, da islandesa Frida Isberg, é um romance que projeta em um futuro distópico as inseguranças do presente. O livro traz, em um tom divertido e irônico, os problemas contemporâneos. 

A narrativa acompanha as experiências de moradores da capital islandesa Reykjavik numa situação hipotética em que a cidade foi dividida por um muro de acrílico, separando a população por meio de uma marcação. O enredo segue a história de cinco personagens que se vêem em meio à polarização entre os marcados e os anti-marcação.

Frida Isberg

Zoé, uma assistente virtual, é a ligação entre todos esses personagens. Em meio ao caos e à tensão, ela monitora todo mundo o tempo todo. A assistente virtual – assim como outros dispositivos tecnológicos – selam a conexão entre a distopia e a modernidade. 

Além da insegurança com o presente, o livro avalia a capacidade de empatia humana. No fim, a principal tese é questionar o quanto a tecnologia proporciona um mundo mais justo.

A marcação

“A marcação” é o primeiro romance da autora islandesa Frida Isberg. Moradora da cidade de Reykjavik, ela participa do coletivo de escritores Svikaskáld e produz resenhas para o suplemento literário “The Times”. 

“A marcação” recebeu os prêmios Fjara Literature Prize, Icelandic Booksellers e P.O. Enquist. Sua obra já foi traduzida para 17 idiomas.

Livro

“A marcação”, de Frida Isberg. Tradução de Luciano Dutra. Fósforo, 280 páginas, R$ 74,90 e R$ 52,90 (e-book). Romance.

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