Filme brasileiro “Regra 34” entra em cartaz no Cine Passeio

O longa-metragem conquistou prêmios nacionais e internacionais e agora chega às salas de exibição do Brasil

O filme brasileiro “Regra 34”, dirigido por Julia Murat, será lançado no circuito nacional nesta quinta-feira (19). O longa-metragem conta a história de Simone (Sol Miranda), uma jovem negra que acabou de ser aprovada na defensoria pública e pagou os estudos fazendo performance on-line de sexo como camgirl

Prêmios

A aposta é que agrade ao público, pois a trajetória no circuito de festivais foi de sucesso. Em 2022, arrematou o Leopardo de Ouro, prêmio máximo do Festival de Locarno, na Suíça; o prêmio de Melhor Direção de Ficção da Première Brasil, no Festival do Rio; o Prêmio Especial do Júri na 43ª edição do Festival do Novo Cinema Latino-Americano de Havana; e Menção Honrosa Longa e Prêmio Especial do Júri APC, no Panorama Coisa de Cinema.

No Festival de Cinema Ibero-americano Huelva, na Espanha, “Regra 34” levou o Prêmio AAMMA, e a protagonista da história, Sol Miranda, ganhou o troféu de de Melhor Atriz. Ela também venceu a categoria de Melhor Interpretação no Festival Mix Brasil, e ganhou uma menção especial no Festival des 3 Continents, na França.

Equipe e elenco negros

Além do processo coletivo, que foi fundamental para a realização do projeto, Murat destaca a importância das escolhas da equipe e do elenco. “Os atores, todos, mas em especial Sol Miranda, trouxeram outras camadas, aprofundando os personagens. Trabalhar com uma equipe e elenco negros, tendo eles espaços criativos, não é apenas um projeto antirracista. É sobre construção de novas subjetividades e sobre profundidade narrativa”, diz a diretora.

Miranda complementa explicando a importância da participação de Gabriel Bortolini, diretor assistente e responsável pelo casting nessas escolhas. “Julia não me escolheu porque eu sou negra. Mas porque reconhecia traços de Simone em mim. Mas isso só foi possível porque Gabriel Bortolini, um homem negro, a fez refletir sobre Simone poder ser negra. Apesar do medo de ter uma atriz negra em um filme sobre sexualidade, eles toparam o risco”, fala a atriz.

Bortolini finaliza enfatizando a importância da representatividade, do protagonismo negro aparecer em histórias que vão para o cinema. “Falar do direito individual num momento tão polarizado como o atual é um desafio. Diversidade vai além de ter equipes mistas, é preciso ter novos corpos na tela com pretos ocupando todas as narrativas e não só as que os brancos acham que nos cabem”, afirma ele.

Filme “Regra 34”

A partir de quinta-feira (dia 19 de janeiro), no Cine Passeio. Para outras informações e ingressos clique aqui.

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