“Falando a real” consegue ser pior do que uma fila longa de supermercado

Série na Apple TV+ tem Harrison Ford no elenco e as boas notícias acabam aí

Harrison Ford. Se você quer um motivo para ver a série “Falando a real” esse motivo é Harrison Ford. De resto, a produção da Apple TV+ é uma grande perda de tempo, no mal sentido. E daqui em diante esse texto não tem nada bom a dizer sobre a série.

A história fala de um terapeuta viúvo que não consegue superar a morte da esposa. Paralisado pelo luto, ele ignora a filha adolescente, bebe demais e se arrasta para o trabalho do jeito que dá. Aí, no meio de uma sessão, ele surta. Do nada, diz para uma paciente abandonar o marido abusivo, pegar suas coisas e se mudar para a casa da irmã.

Aparentemente, o conselho funciona e a paciente fica mais feliz, o que faz Jimmy (esse é o nome do terapeuta, interpretado por Jason Siegel, famoso pela série “How I Met Your Mother”) pensar que esse negócio de dar palpites na vida dos pacientes não é mau negócio.

É claro que Paul (Ford), o dono da clínica em que Jimmy trabalha e uma espécie de figura paterna para o pupilo, acha a ideia absurda. E ela é. Mas poderia render uns momentos engraçados. O que não é o caso com “Falando a real”, que exibe o tipo de humor de alguém burro que tenta ser irônico (e no fim é só burro).

“Falando a real”

Com muito custo, vi os dois primeiros episódios que já estão disponíveis no streaming. A cada sexta-feira, um novo episódio vai ao ar. Contudo, nesses dois primeiros, algumas coisas já ficaram evidentes.

Os personagens são caricaturas rasteiras da realidade – mais ainda os pacientes que aparecem no consultório de Jimmy. Rasteiras demais, o que torna todo mundo previsível, bobo, irritante. Quem se salva, mais ou menos, é Paul (Ford, já citado) e Brian (Michael Urie), o amigo gay de Jimmy. Mas eles aparecem por três minutos num episódio que dura mais de 40.

Também por causa dos personagens ruins, as situações criadas pela série, em vez de servir de base para boa comédia, como tem que ser, acabam sendo uma sucessão de momentos que não significam nada e não chegam a lugar nenhum.

Mas o maior crime de “Falando a real” é o de ser chata. Porque existem perdas de tempo que são legais. Você relaxa depois de um dia de trabalho, vê uma besteirinha qualquer e é isso bom.

Mas “Falando a real” está no grupo ruim das perdas de tempo, mesmo grupo em que estão as filas de supermercado, as filas de banco, as filas em geral. Como acontece em todos esses casos, de repente surge o impulso de pegar o celular e ver qualquer porcaria de rede social que a gente costuma ver.

Onde (não) assistir

“Falando a real” está em cartaz na Apple TV+.

Sobre o/a autor/a

14 comentários em ““Falando a real” consegue ser pior do que uma fila longa de supermercado”

  1. A série é maravilhosa ! Leve , engraçada, mostra os perrengues que os terapeutas também vivem ( afinal são seres humanos neh ) , seus lutos , problemas de convivência, VIDA ! Eu simplesmente vi todos os episódios em 2 dias . Atuações brilhantes . Pessoas que se ajudam nas horas difíceis. Os roteiristas estão de parabéns: diálogos inteligentes e descomplicados . Super indico . Claro que , para indicar essa série , o crítico tem que ter alguma sensibilidade e também gostar de se divertir . Estou feliz porque já fiquei sabendo que a série foi renovada para 2° temporada .

  2. A série é ótima, o crítico pode por favor indicar outras séries que ele não gostou? Adoraria assistir, devem ser maravilhosas…

  3. Não concordo com o autor do texto. Ponto. Aliais, o seu humor É PESSIMO (faço ideia das series de comportamento que o autor do texto assiste e aprova. Devem ser todas HORRIVEIS!
    A serie “Falando a real” é ATUALISSIMA, extremamente competente, sabia, com arcabouço das estorias SUPER BEM CONSTRUIDO (arrisco a dizer que é um dos roteiros mais CRIVEIS E NOTAVEIS que vi nos ultimos anos, com dialogos perfeitos). A premissa da serie é simples: problemas de perdas e comportamento que precisam ser superadas pelos personagens, mas o charme da serie é aborda-los com leveza. E isso com muita criatividade (sem ser BOBA ou CHATA) Acho que o autor do texto perdeu a noção e o parâmetro de identificar uma boa estoria.

  4. Thiago Moreira de O Pessoa

    Amei essa série demais. Eu queria que você pudesse gostar tanto quanto eu, mas tudo bem.
    Hoje saiu o ultimo episodio, porque não tentar de novo?

  5. “Falando a Real” é dos mesmos criadores de “Ted Lasso”.
    Se “Ted Lasso” é nota 11 “Falando a Real” é nota 15!!!!
    A série é divertidíssima.
    Algum besteirol aqui e outro ali mas no geral, a série apresenta um humor inteligente e de qualidade.

  6. Eu amo essa série! E espero ansiosa a sexta feira chegar para assistir ao novo episódio. O jornalista que pensa que é crítico deve ser aqueles caras chatos divorciado três vezes que nenhuma mulher aguenta de tão chato q é para escrever um texto desse sobre uma série que fala inclusive sobre vivências do dia-a-dia. Dou muita risada com a Gab que é maravilhosa e também com o amigo gay do Jimmy. Espero que tem muitas temporadas pela frente. E Irineu vá cuidar do jardim para ver se melhora esse seu mau humor

  7. Pela cara do perfil do ”jornalista” não dá para esperar muito. Ele vai indicar apenas aquela drama super in de 1943 croata que foi restaurado. mas só pode ser assistido em uma cafeteria suja sem nome no baixo centro.
    Série incrivel para sua proposta, principalmente em um mundo de enxurrada de super herois e novelas coreanas.

  8. Discordo totalmente desse texto, que bom que cada pessoa tem sua opinião e devemos respeitar, mas a série é INCRÍVEL é super leve comparada ao que se sai hoje em dia, recomendo e recomendei a várias pessoas que amaram também.

  9. Olha só eu vi alguns episodios por falta de opção, até porque a apple streaming não tem muita coisa em seu catalogo. Desde o primeiro episodio percebi que era um besteirol sem sentido e sem qualidade. Tem que melhorar muito para ser considerada ruim. Um verdadeiro desperdicio de tempo. Esta serie me fez ter vontade de sair da apple e nunca mais voltar.

  10. Perda de tempo mesmo é esse texto….

    Tá louco. que coisa horrorosa. Mal escrito, mal analisado, raso, sem nenhum contraponto minimamente convincente…

  11. Opinião é realmente uma coisa engraçada. A minha é exatamente o oposto da sua. Como faço terapia há muitos anos me identifiquei super com a proposta da série e me divertir demais. Ao contrário de você, indico demais a série.

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