“A sindicalista” quer ser um thriller político sobre energia nuclear

Filme com Isabelle Huppert será exibido dentro do Festival Filmelier em três cinemas de Curitiba

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“A sindicalista” queria ser um thriller político. Porém, não passa de um novelão. Baseada em fatos, a história fala sobre como a sindicalista Maureen Kearney enfrentou políticos influentes para proteger os trabalhadores de usinas nucleares da França. Em especial, os operários da Areva, a companhia francesa que é referência mundial em geração de energia nuclear. 

Parte do Festival Filmelier de Cinema, que começa nesta quinta-feira (20), “A sindicalista” terá várias sessões em Curitiba, em três cinemas diferentes. Confira todos os horários, aqui.

A sindicalista

Por dinheiro – essas coisas são sempre por dinheiro –, os homens no poder perseguem um acordo com a China que pode mudar o setor de energia francês. A França entra com o conhecimento e os chineses, com a mão de obra barata e o poderio econômico. Como acontece em vários setores da indústria, é muito difícil competir com a China nesses quesitos. Nesse esquema, poucos têm chance de embolsar muito, e planejam fazer isso às custas dos trabalhadores franceses. 

E cabe a duas mulheres – a sindicalista Maureen Kearney (Isabelle Huppert) e a empresária Anne Lauvergeon, diretora da Areva (interpretada por Marina Foïs) – impedir que os negócios escusos sejam levados adiante. Mas o embate é injusto. 

Quando Maureen Kearney começa a incomodar os poderosos, dando sinais de que pode atrapalhar as negociações com a China, ela passa a ser ameaçada e seus inimigos políticos não ficam só nas ameaças. Na verdade, o filme é um longo flashback para explicar os primeiros minutos, quando mostra que alguém invadiu a casa de Kearney e a violentou. 

Isabelle Huppert

Mesmo essa decisão de narrar a história em retrospectiva pode ser questionada. Porque uma parte importante do que mantém a história em movimento é justamente a pressão sofrida pela sindicalista e a tensão que ela experimenta por não saber o que os seus algozes são capazes de fazer. Mas, como já se sabe o vai acontecer, a trama perde seu motor principal. Tudo o que “A sindicalista” tem a oferecer são diálogos toscos e uma narrativa burocrática. Além de ser responsável por um enorme desperdício de Isabelle Huppert. 

Festival Filmelier de Cinema

“A sindicalista” faz parte do Festival Filmelier de Cinema. Confira os cinemas, dias e horários das sessões em Curitiba, aqui.

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