5 pratos para comer no inverno em Curitiba (e que não são sopa)

O inverno chegou e o Plural selecionou pratos quentinhos para comer em Curitiba (e nenhum deles é sopa)

Chegamos à época do ano em que a polarização domina mais uma discussão na vida dos brasileiros. Afinal: sopa é janta ou não? Segundo a nutricionista Nathalia Camarço, “sopa é a melhor janta”.

E para colocar mais lenha nesta fogueira e deixar tudo bem quentinho nestes dias frios, o Plural resolveu fugir da sopa e apresentar um guia com opções para quem quer se alimentar bem, sair do lugar comum e, claro, se manter aquecido! “Sabemos que sopa é uma bela refeição, mas precisamos entender que em períodos de temperatura baixa sentimos mais fome, pois o equilíbrio entre a temperatura do ambiente e a corpórea está alterado”, explica a nutricionista Marinês Silveira.

Especiarias como gengibre, canela e pimenta associadas a uma proteína, carboidratos ou gordura ajudam a achar esse equilíbrio, pois aumentam nossa temperatura corpórea. “Ensopados de um modo geral, como o cassoulet, atendem a esse propósito, porque são produzidos com carboidratos, leguminosas e proteína. O segredo é caprichar nos temperos”, recomenda Marinês.

Confira a seguir algumas alternativas que aquecem e nutrem na medida certa.

5 pratos para esquentar no inverno em Curitiba

PUCHERO

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Puchero: o cozido espanhol servido no Pepita é receita de família. (Foto: Pedro Vieira/Divulgação)

Se é para falar em comida afetiva, eis um prato que tem muito carinho envolvido. Especialmente o servido no Pepita Tapas y Vinos. O puchero do bar de vinhos e de inspiração espanhola vem de uma receita de família, mais precisamente da dona Ana Maria, avó de Pedro Vieira, um dos sócios do Pepita. Dona Ana migrou da Hungria para o Brasil fugindo da II Guerra mundial e se casou com Paco – migrante Espanhol, de Andaluzia -, que também havia fugido da Guerra Civil Espanhola. Foi com a família do marido que ela aprendeu e adaptou sua receita para esse cozido espanhol. Pedro, gastrônomo de formação, viu que o prato não poderia faltar, porque além de saboroso e afetivo, aquece. O cozido leva grão-de-bico, músculo bovino, costela salgada, toucinho, vagem e batatas (R$ 40). “É uma comida bem acolhedora, com gosto de ´lar´”, define Pedro.

Pepita Tapas y Vinos_R. Saldanha Marinho, 1220, Centro (fundos). De terça a sábado, das 18h à 0h. (41) 98902-6353.

CURRY

A pimenta é um dos ingredientes chamados termogênicos, aqueles que ajudam a elevar a temperatura corpórea. Um dos pratos reconhecidos pela alta concentração da dita cuja é o curry. Trata-se de uma mistura de diversas especiarias – como gengibre, pimentas, cardamomo, feno-grego, cúrcuma, cravo, cominho, noz moscada e canela –, geralmente torradas e moídas, que pode ser encontrada em pó ou em pasta. “Existe uma grande variedade de curry tanto na Tailândia quanto na Índia, sendo os indianos mais condimentados e densos, e os tailandeses mais frescos e mais vivos”, explica Beto Fernandes, proprietário do Sanuk Thai Street Food. Em seu restaurante, Beto serve três tipos de curries: vermelho (mais apimentado), verde (um tico mais fraco) e massaman (com mais especiarias como cravo e canela, menos apimentado e de cor terrosa). No Sanuk, o cliente escolhe o tipo de curry e a proteína (frango, porco, pato, camarão ou versão vegetariana; a partir de R$56). O prato ainda leva amendoim, cebolinha, ervas, leite de coco e arroz jasmim.

Sanuk Thai Street Food_Al. Júlia da Costa, 756, Mercês. Terça a sábado, das 17h às 23h. Domingo, das 17h às 22h. (41) 99538-4518.

KARÊ

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No OIDE, a disponibilidade do karê está relacionada à sazonalidade dos insumos. Na imagem, o karê com carne suína empanada. (Foto: Lucas Costa/Divulgação)

O cuidado especial com a alimentação que o inverno demanda – equilíbrio acima de tudo, certo? – também está relacionado à sazonalidade dos produtos. Ou seja, o melhor período de produção e colheita. Tal fator também se reflete nos cardápios dos restaurantes – por isso, nem sempre você vai encontrar karê no OIDE. O karê é um prato japonês inspirado no curry indiano: um ensopado de curry com legumes, picante de gengibre e pimenta. “Perfeito para renovar as energias e aumentar a imunidade”, conta Karla Keiko, sócia do OIDE, onde o prato ganha duas versões (sempre acompanhadas de gohan, o arroz japonês, e finalizadas com cebolinha, tomate e conserva de gengibre): com carne suína empanada ou tempurá de vegetais (R$ 48). Dica: os próximos karês do OIDE serão servidos no dia 01/07. 

OIDE Izakaya_R. Brigadeiro Franco, 1845, Centro. Terça a sábado, das 19h às 0h30 (cozinha até 0h). Sábado, das 12h às 14h30.

“DONBURI”

Calma, calma: a gente sabe que “donburi” é a tigela onde são servidos os tradicionais pratos japoneses, e não o nome da comida. Mas, justamente, há diversas possibilidades de pratos servidos nessa tigela maior do que o chawan (onde é servido o arroz) e que contêm uma refeição completa. O melhor de tudo: são pratos bem quentinhos, próprios para os dias frios. Um exemplo é o oyakodon (quase todos os nomes de pratos servidos no donburi terminam com “don”), à base de frango, ovo, cebola e, claro, arroz. “Nosso oyakodon é preparado da forma mais tradicional possível, com molho dashi, levemente adocicado, sobrecoxa fatiada, omelete, cebola e arroz”, conta Gerson Suzuki, chef executivo do Ippai Ramen, em Curitiba, onde o prato é vendido a R$ 42.

Ippai Ramen_Al. Dr. Carlos de Carvalho, 1011, Batel. De terça a domingo, das 18h às 22h.

CASSOULET

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A “feijoada francesa” é um dos destaques do menu do L’Epicerie no inverno. (Foto: Divulgação)

Conhecido no Brasil como a feijoada francesa, o cassoulet é um dos pratos mais tradicionais do sul da França. A empresária francesa à frente do restaurante L´Epicerie, Fanie Delatte, trouxe essa receita para os curitibanos. “Fazemos um caldo especialmente para cozinhar o feijão branco, com legumes, ossos de pato, paio, bacon e costelinha, que entram no final para apurar o sabor defumado”, explica a chef Jennifer Tschá, há cinco anos no restaurante, sendo dois como chef. Além do caldo, o prato ainda leva demi-glace, ervas aromáticas, concassé de tomates, coxa de pato e paio, em um prato único. A porção individual no L’Epicerie acompanha pãezinhos da casa e custa R$ 112.

L´Epicerie_R. Fernando Simas, 340, Bigorrilho. De terça a sábado, das 19h às 22h. Sábado e domingo, das 12h às 15h. (41) 99698-6390.

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