O Plural chega a um ano no ar!

Sobreviver ao primeiro ano foi o mais difícil: agora queremos fazer jornalismo cada vez melhor

Há Titanics que afundam; há jangadas que atravessam o mar.

O Plural nasceu no meio de uma imensa crise dos jornais brasileiros. Demissões, passaralhos, queda de audiência, edições impressas sendo canceladas, veículos que viraram panfletos para sobreviver. O jornalismo ia mal – e o futuro não parecia melhor, com um governo antidemocrático e avesso à liberdade de imprensa tomando conta de Brasília.

A ideia de fundar um jornal talvez não fosse lá muito recomendável, ainda mais quando mesmo os jornais consolidados estavam fugindo daquilo que a gente se propunha a fazer: jornalismo local de qualidade. Agora pense que o Plural enfrentaria esse cenário sem ter um insumo fundamental para o jornalismo: dinheiro.

Nenhum dos fundadores do Plural tinha (ou tem) grana. O que a gente tinha era uma espécie de peso na consciência: como abandonar o barco justo agora, quando aquilo que a gente passou a vida aprendendo a fazer era tão necessário?

Hoje faz um ano que o Plural está no ar. A gente continua sem grana. Mas olha: que ano maravilhoso a gente passou aqui com vocês. Da nossa parte, fazendo o que a gente mais gosta – reportagens, notícias, colunas, crônicas, charges, vídeos, podcasts; tentar explicar o mundo à nossa volta em textos e imagem; reunir comunidade em torno de fatos e projetos.

Mas isso só foi possível porque a gente nunca tocou nosso barquinho sozinhos. Desde o começo veio muita gente boa junto. Gente que se ofereceu para trabalhar; gente que se ofereceu para assinar, mesmo com todo o conteúdo estando aberto e gratuito; gente que esteve do nosso lado porque acredita que o jornalismo é necessário.

O Plural é feito disso. De gente.

Porque se falta o insumo da grana, sobram alguns outros. A gente compensa isso com o desejo de fazer jornal e com a consciência de que está prestando serviço pra uma comunidade linda, e que está mais precisada do que nunca desse amálgama que um veículo de comunicação colaborativo pode oferecer.

O Plural não é de um herdeiro, não é de um grande grupo de comunicação. Também não é nosso. É da cidade. É de vocês.

Estamos começando nosso segundo ano, e temos certeza que a travessia vai ser ainda mais divertida: as coisas por aqui estão melhorando e prometemos não largar a mão de ninguém. Porque 2020 vai ser barra, mas a gente vai segurar a onda junto com vocês, denunciando quando for o caso, elogiando quando merecer, e descobrindo, relatando, as histórias dessa cidade de quase 2 milhões de pessoas que merece e precisa de um jornal.

Vem com a gente.

Toma este jornal.

O Plural é teu.

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