Quando nosso tempo vai além das 4 estações

Frio em Curitiba
Julho foi o mês mais quente já registrado na história do Hemisfério Norte e, segundo cientistas, temos agora o risco de uma fervura global

Não bastassem os problemas abundam em outras áreas, incluindo, como sempre, a política e o futebol, temos o tempo em Curitiba. Mais do que famoso, tanto que, anos atrás, Vinícius de Moraes, depois de uma visita à capital, encontrou no Rio de Janeiro um jornalista. E não deixou por menos:

– Você é de Curitiba, não é? Me diz uma coisa: São Pedro continua de tocaia na Rua XV pra pegar a gente de surpresa? Chuva, chuvinha ou frio…

E a culpa, é claro, não é de São Pedro, também conhecido até por quem não é católico ou religioso como o responsável pelo tempo. Mas, como já tivemos uma explicação de quem domina o assunto, “devido à sua geografia, localizada na zona temperada do planeta e, principalmente, significativa altitude (média de 934 metros em relação ao nível do mar), a capital paranaense é bastante suscetível a registrar as mais baixas temperaturas dentre as capitais brasileiras”.

Uma fervura global

A propósito do tempo, temos na edição desta semana da Carta Capital, revista igualmente do jornalismo plural, que um certo desafio vai crescer:

– Segundo matéria de Maurício Thuswohl sobre o meio ambiente e com o título Em ebulição, que “julho se torna o mês mais quente da história do Hemisfério Norte – e o tempo para as soluções escorre pelos dedos”.

E o secretário-geral da ONU, António Guterres, lamenta:

– Agora é a hora da fervura global.

Ainda da revista de Mino Carta, exibindo uma foto:

– Inferno. Os incêndios cercam moradores e turistas na ilha grega de Rhodes, enquanto na Itália não há ventilador que alivie o calor externo.

E por nossas bandas?

Após participar de reunião dos representantes do G-2, Marina Silvia, ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Brasil, afirmou que o Brasil terá, no segundo semestre, um plano de transição sustentável, estabelecendo as bases da reindustrialização, encoradas na descarbonização e no desenvolvimento de tecnologia menos poluidora. Posto que “não adianta pensar em pacote verde se o país não tiver um plano efetivo para as emergências climáticas”.

Ainda da ministra: 

– É triste pensar que a natureza fala e que o gênero humano não a ouve.

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