Como registrou o Plural, no dia 25 do mês passado, a Caixa Econômica, maior banco público da América Latina, virou alvo de tenebrosa investida do (des)governo bolsonarista, que pretendia a privatização da CEF. E, agora, temos outro alvo, a Petrobras, isso mesmo. Como se sabe, “o monopólio integral do petróleo é imperativo de segurança nacional”, mas, para a turma da tal gripezinha, isso pouco importa.
Vale lembrar: a batalha para a criação da Petrobrás ganhou força em 1946 – e, 7 anos depois, surgia a Petróleo Brasileiro S.A., que chegaria, inclusive, ao pré-sal, para frustração de muita gente. Para o país que não teria um pingo de petróleo, constatou-se uma reserva de 70 a 100 bilhões de barris equivalentes de petróleo e gás natural mineral.
Butim vira pudim
Tema central nas eleições, a estatal é disputada a tapas por facções do governo e agentes privados. E temos, na edição desta semana da revista Carta Capital, reportagem de capa, assinada por André Barrocal: O butim da Petrobras.
– Em meio à disputa eleitoral, alas do governo, do Centrão – bloco informal na Câmara dos Deputados que reúne parlamentares de legendas de centro e centro-direita – e do setor privado digladiam-se pelo controle da estatal.
– E o general Silva e Luna, demitido por Bolsonaro, uniu-se aos acionistas minoritários para barrar os entreguistas.
Luta que não é de hoje
Vale lembrar históricos gritos de uma guerra altamente patriótica:
– O petróleo é nosso!
– O monopólio integral do petróleo é imperativo de segurança nacional.
Voltando ao texto da Carta Capital: diante do título O butim da Petrobras, um bolsonarista esfregou as mãos, entusiasmado:
– Butim? Deve ser alguma coisa muito boa, deliciosa… Sinônimo de pudim.
Butim: produto de roubo ou de pilhagem.
PS: Vale lembrar: o petróleo é nosso desde 1939, com a descoberta da primeira jazida, e, no dia 3 de outubro de 1953, tornou-se oficial e totalmente nosso com a criação da Petrobras.