Copa de 50? – perdemos até a bola do jogo

Por conta do Athletico bicampeão da Sul-Americana, jogando no Uruguai, vale lembrar o Museo del Fútbol, em Montevidéu, que exibe um troféu meio inesperado

O futebol e suas histórias muito além do tempo regulamentar – isso quando não ocorrem os dramáticos acréscimos; e, agora, o Athletico Paranaense, arrasador na Sulamericana diante do Red Bull Bragantino, nos remete à Copa do Mundo de 1950 – por conta do Museo del Fútbol  em Montevidéu. 20/11/2021 – uma data histórica para o futebol, o nosso, é claro. Três anos depois, o Athletico levantou novamente a taça da Copa Sul-Americana. Campeão em 2018, na Arena da Baixada, o Furacão venceu o Red Bull Bragantino por 1 a 0, no Estádio Centenário, em Montevidéu – palco clássico do futebol mundial. E é bi…  

O triunfo rubro-negro em Montevidéu permite uma viagem no tempo – a bola da Copa do Mundo de 1950, realizada no Brasil, está lá, um segundo troféu do futebol uruguaio. Isso mesmo – e causa alguma surpresa: a delegação visitante tem todo o direito de levar a taça, mas a bola também?  

Até chuteiras de 1928  

Inaugurado em 1975, o Museo del Fútbol fica no Estádio Centenário. Reúne troféus como a Taça Jules Rimet, a camisa do craque Obdulio Varela, camisas de clubes em homenagem a Pelé, Vavá, Maradona, Diego Forlan, Loco Abreu, entre outros craques. E zapatos, isso mesmo, posto que, em 1928, assim era o nome de chuteiras.  

Jules Rimet (1873-1956) foi o presidente da FIFA que organizou a primeira Copa do Mundo. Tinha por objetivo “unir os povos dos dois hemisférios em torno do esporte bretão”. A FIFA foi criada em 21 de maio de 1904, para coordenar as associações nacionais e uniformizar as regras do jogo.  

Quando ladrão não é o juiz  

No dia 20 de março de 1966, a taça Jules Rimet estava em exposição, em Londres, 4 meses antes da Copa na Inglaterra. Estava sob a tutela do Brasil, campeão de 1962, que havia concordado em exibir o troféu junto a uma exposição de selos. A segurança era grande, mas, mesmo assim, a taça sumiu. Depois de 1970, a FIFA (Federação Internacional de Futebol) criou o troféu que é entregue atualmente, mas nenhum país fica com a taça definitiva e, sim, com uma réplica.

Consta que na taça original temos a presença de duas misturas importantes: 5 kg de ouro, 18 quilates (mistura sintética) e 1,7 kg do minério denominado malaquita. O ouro 18 quilates é resultado de uma mistura sintética, já que não é encontrado na natureza.  

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